A Administração do Ciberespaço da China especificou que atuou sobre contas de WeChat (o Whatsapp chinês) e Weibo (similar ao Twitter) que disseminaram mensagens como "o gás tóxico vai para Pequim" ou "não há sobreviventes no raio de um quilómetro à volta do local da explosão".
As duas explosões de grande dimensão que deflagraram na noite de quarta-feira num terminal de contentores de uma nova zona do porto de Tianjin provocaram, segundo o último balanço, 85 mortos, incluindo 21 bombeiros, centenas de feridos e um número indeterminado de desaparecidos.
As autoridades chinesas também informaram que alguns titulares de contas privadas se fizeram passar por familiares das vítimas para conseguirem indemnizações, enquanto alguns internautas populares publicaram "comentários irresponsáveis", comparando as explosões com as bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki no Japão.
Nesse sentido, disse ter ordenado que 160 dessas contas sejam encerradas de forma permanente e mais de 200 suspendidas temporariamente.
Centenas de utilizadores do Weibo juntaram-se na sexta-feira a uma iniciativa para conhecer "a verdade da explosão", uma das principais "hashtags" daquela rede social nesse dia.
Numa altura em que não era conhecida a causa das explosões, os internautas criticavam a censura dos meios de comunicação oficiais, como da televisão de Tianjin, que optou por emitir, em horário nobre, uma telenovela sul-coreana em vez de notícias sobre a tragédia.
Lusa/SOL