Ashley Madison. Hackers revelam dados de utilizadores de site de adultério

Os hackers que atacaram o site de adultério Ashley Madison no passado mês de Julho divulgaram agora os dados privados dos utilizares daquele serviço, expondo publicamente as suas identidades.

De acordo com a imprensa internacional, os dados foram divulgados na ‘deep web’, uma camada da internet que não é acessível por motores de busca nem por browsers convencionais. São cerca de 10 gigabytes de informações, com nomes, endereços de email, passwords e detalhes de contas bancárias das pessoas que frequentam este site, que facilita relações extraconjugais.

Cerca de 37 milhões de utilizadores em todo o mundo terão sido afectados por este ataque. A Sky News avança que entre os nomes revelados estão membros de governos e militares, a maioria norte-americanos (cerca de 15 mil).

Grande parte dos emails são endereços privados – de contas Hotmail e Gmail -, mas há também endereço ligados aos empregos dos utilizadores, entre os quais da Casa Branca, NASA, Vaticano e Nações Unidas.

O grupo de hackers, que se intitula de Impact Team, já tinha ameaçado a empresa Avid Life Media, que gere o Ashley Madison e um outro site (Established Men), de que iriam divulgar estes dados caso não encerrassem estas páginas.

"O tempo acabou! A Avid Life Media não encerrou [os sites] Ashley Madison e Established Men. Já explicámos que a ALM e os seus membros são uma fraude e uma estupidez. Agora todos vão poder ver os seus dados"

A empresa e as autoridades norte-americanas já estão a investigar o caso. 

Enquanto nas redes sociais as reacções têm sido de escárnio e sátira em relação aos utilizadores do serviço, a imprensa especializada chama a atenção para a gravidade do caso, uma devassa da vida privada em larga escala, e das potenciais consequências: apropriação de identidades, chantagem, divórcios, violência doméstica ou suicídios.