António Costa no SOL

No último mês, António Costa deu algumas entrevistas. Talvez a que deu ao SOL, a mim e ao Manuel Agostinho Magalhães, seja um pouco diferente do registo das anteriores – um pouco mais agressivo, um pouco mais virado para dias que prometem ser decisivos, um pouco mais focado no combate político com Pedro Passos Coelho.

António Costa no SOL

É uma entrevista relevante. Deu-nos notícias sobre o governo que tem na cabeça. Não negou que coloca a hipótese de convidar um nome grande da história do PSD. E falou de tudo sem reticências. De Sócrates, Seguro, Sampaio da Nóvoa. Falou também do primeiro-ministro, comparou-se a ele e tirou as suas próprias conclusões. Há um momento, muito quente, em que desabafou que é preciso muito descaramento e falta de vergonha. Logo verá em que circunstâncias o disse. Explicou ainda porque rejeita qualquer tipo de coligação com qualquer PSD. E foi claro sobre a TAP e as privatizações.

Diz ser mais confiante do que optimista. E preferir a liberdade à igualdade. Vê o House of Cards, mas perdeu-se com a Guerra dos Tronos. Não acredita em Deus, ao contrário da filha. É amigo de Schauble e recorda o pai e a sua militância no PCP – perguntei-lhe em quem votaria o pai se fosse vivo, a resposta de António Costa é desarmante. Como é surpreendente quando fala de Portas e da possibilidade de irem juntos… ao cinema.

A entrevista foi-nos dada na passada segunda-feira. Começou 30 minutos atrasada, às 19 horas, no Largo do Rato. Durou duas horas e vinte minutos. O Miguel Silva tirou as fotografias e a Raquel Wise filmou. Na sexta-feira publicamos na íntegra na edição em papel do SOL. Espero que gostem.