Esqueçam o cargo de Primeiro-Ministro! António Costa concorre para Miss Simpatia.

António Costa ainda não chegou a São Bento é já nos apresentou um orçamento retificativo. Diz que são compromissos e garante que os vai pôr em marcha para “acelerar a economia”. Vai ser uma aceleração e peras. Assim por alto as medidas que Costa anunciou, (especificamente a redução da TSU para empregadores e trabalhadores, o…

Ou seja vamos ter, com tudo isto, que assumir um agravamento de mais de 5 mil milhões de euros para se fazer frente a tanta devolução. Avizinha-se portanto, e à boa maneira que o socialismo do PS nos habituou, uma grande festa.

 Costa apresentou igualmente a revisão dos números do desemprego estimando que em 2019 este rondará os 7,2%. Portanto menos do que tinha previsto inicialmente no seu “documento para a década” e menos, muito menos, do que as previsões da Comissão Europeia que apontam para os 10%. Nada mau para quem pôs em causa o INE, e indiretamente o Governo, quando há cerca de 15 dias se anunciou uma descida do desemprego para os 11,9% atingindo o nível mais baixo desde o final de 2010.

Mas Costa não se fica por aqui. Está embalado. E vai daí lança para cima da mesa a criação, até 2019, de mais 207 mil empregos acima das previsões da Comissão Europeia.

Já aqui tinha escrito que não me espantaria se Costa num qualquer destes dias de pré campanha avançasse com os números de José Sócrates no que diz respeito à criação de emprego. Mas Costa foi mais longe e os 150 mil empregos prometidos por Sócrates em 2009 são coisa pouca para o cenário positivo que por aí vem. 207 mil empregos a mais que as previsões mais moderadas. Resta saber, pois não disse, como e de que forma é que esses empregos vão ser criados.

Julgo que já percebemos todos o que aí vem. Mas há uma coisa que não entendo. Se o objetivo é ganhar a simpatia do eleitorado, porque é que Costa não assume o compromisso de criação de um milhão de empregos? Ninguém acreditava mas sempre era visto como um tipo porreiro. 207 mil parece-me pouco…