Bolsas na Europa negoceiam no vermelho

As bolsas na Europa estão a negociar em terreno negativo, castigadas pelo desempenho da economia chinesa, que hoje deu sinais de que a atividade da indústria manufatureira está a abrandar comprometendo o crescimento da economia mundial.

Cerca das 08:13 horas em Lisboa, o índice Euro Stoxx 50 caía 1,42% para 3.305,76 pontos, com as principais praças europeias a variarem entre a queda de 1.02 de Londres e a contração de 1,72% de Frankfurt.

Paris estava também a perder, ao recuar 1,06%, Madrid caía 1,38%, Milão afundava 1,25% e Atenas e Lisboa deslizavam 1,20% e 1,03%, respetivamente.

Os investidores estão apreensivos com a economia da China que continua "a estar na ordem do dia" e a influenciar pela negativa os mercados bolsistas mundiais, disseram analistas citados pela agência de informação financeira Bloomberg.

A divulgação, hoje, de um indicador sobre a atividade manufatureira na China, que registou uma contração ao ritmo mais acelerado desde 2009, adensou "ainda mais" os receios dos investidores sobre o abrandamento do crescimento da economia chinesa, salientaram.

Os novos dados sobre a indústria do gigante asiático "estão a arrastar para o vermelho" as bolsas, que durante a semana sofreram uma forte turbulência causada pela desvalorização do yuan decretada pelo Banco Central da China, pelo abrandamento da economia chinesa e pela queda das matérias-primas, nomeadamente do petróleo.

Entretanto, o preço do barril de petróleo Brent, para entrega em outubro, abriu hoje em baixa no Intercontinental Exchange Futures de Londres, a valer 46,08 dólares, menos 1,15% do que no encerramento da sessão anterior.

Na quinta-feira, o preço do barril de petróleo Brent, para entrega em outubro fechou no mercado de futuros de Londres nos 46,62 dólares, menos 1,14% do que no encerramento da sessão fecho na quarta-feira.

O euro, por sua vez, valorizava-se hoje no mercado de divisas de Frankfurt ao negociar-se a 1,1287 dólares, contra 1,1200 dólares a que transacionava no dia anterior.

Apesar de o primeiro-ministro grego, Alexis de Tsipras ter apresentado na quinta-feira a sua demissão e ter convocado eleições para daqui a trinta dias, a bolsa de Atenas "não está a cair abruptamente", embora os analistas esperem que haja volatilidade nos próximos tempos, devido à "indefinição política".

Para já, os compromissos da Grécia para com os credores "estão assegurados e estão a ser cumpridos", salientaram.

Hoje serão conhecidos os valores preliminares dos indicadores PMI Indústria e Serviços de Alemanha, França e do conjunto da zona euro, referentes ao mês de agosto, e que serão acompanhados com "muita atenção" pelos investidores para aferirem da robustez ou não destes países.

Lusa/SOL