‘Quem estiver à espera que critique Nuno Crato, sairá bastante desapontado’

Ribeiro e Castro vai estar na quarta-feira num debate sobre Educação no Summer Camp organizado pela Juventude Socialista (JS). E em Outubro, já depois das legislativas, vai participar num evento da Juventude Popular Monárquica. Só ainda não recebeu nenhum convite da coligação Portugal à Frente (PàF) para entrar na campanha. Mas garante “identificação” com o…

“Quem estiver à espera que critique Nuno Crato, sairá bastante desapontado”, afirma ao SOL José Ribeiro e Castro, que avalia o trabalho do ministro da Educação como “um desempenho importante”.

Apesar das divergências com Paulo Portas, o centrista assegura que o seu pensamento sobre Educação e Ciência não anda longe do que está no programa da coligação. Mas também não vai ao evento da JS para defender as posições do PSD e CDS. “Deixo isso aos candidatos”.

De resto, José Ribeiro e Castro está à espera que o debate “seja menos paroquial e mais de sentido estratégico” para o futuro da Educação e da Ciência em Portugal.

Como interlocutores, terá o cabeça-de-lista do PS pelo Porto, Alexandre Quintanilha, e a cabeça-de-lista socialista para Coimbra, Helena Freitas. Duas figuras com currículo no ensino superior. “Fui convidado por ter sido presidente da Comissão de Educação Ciência e Cultura na Assembleia da República”, revela, lembrando que esteve sempre ligado à área e que chegou a ser porta-voz do CDS para as questões da Educação.

Ribeiro e Castro entende, de resto, como normal que eventos partidários contem com a participação de membros de outros partidos. “Fiz isso quando fui presidente do CDS”, diz, lembrando o evento que assinalou os 25 anos da morte de Adelino Amaro da Costa, para o qual convidou Jaime Gama, e as três sessões sobre os 30 anos da Constituição para as quais chamou António Vitorino.

“É frequente que isso aconteça, por exemplo, a Universidade de Verão do PSD”, aponta, referindo-se ao evento que arrancou esta segunda-feira em Castelo de Vide e que este ano, ao contrário de edições anteriores, não tem qualquer nome socialista no programa.

Dentro desse espírito, o ex-líder centrista – que não faz parte das listas da coligação PàF às legislativas de 4 de Outubro – vai participar num evento da Juventude Popular Monárquica, em Santarém, já depois das eleições.

Para já, não tem, porém, ainda na agenda qualquer convite da coligação para participar na campanha. “Não tenho. E não faço ideia se vou ter”.

margarida.davim@sol.pt