As notícias que a Google apaga

Ao abrigo do ‘direito ao esquecimento’, a Google foi obrigada a desindexar notícias actuais relacionadas com crimes.

A Google foi obrigada a remover nove links relativos a notícias actuais pelo Information Comissioner’s Office, o regulador independente britânico de comunicações. 

Ao abrigo da ‘lei do esquecimento’, o motor de busca já tinha removido links que noticiavam um crime ocorrido há 10 anos. Mas a notícia de que a Google retirou os links acabou por gerar novos artigos na imprensa britânica, voltando o indivíduo visado a ficar mencionado pelo crime. Por isso, o cidadão em causa fez novo pedido e a empresa digital voltou a ser obrigada a desindexar as notícias mais recentes.

Este tipo de medidas só é possível quando «a informação pessoal já não é relevante» e quando o crime não põe em causa a segurança pública ou afecta a conduta profissional do requerente, explica o jornal britânico The Guardian.

Em Portugal, já 2.515 pessoas pediram à Google para que os seus nomes sejam ‘esquecidos’. Na Europa, o número sobe para 298.531. De ressalvar que o Google é o motor de busca mais utilizado no continente europeu, controlando aproximadamente 90% do mercado.