O jornalismo à porta de Sócrates

Sempre gostei do jornalismo, mesmo quando ainda não havia em Portugal cursos específicos, e enveredei por esta profissão. Claro que ao ver ‘colegas’ jornalistas à porta de Sócrates, a forçarem perguntas disparatadas aos visitantes (um deles, apresentado como militante anónimo do PS, pois insistiu em não revelar outra identificação), mais detalhes absurdos sobre aquela casa…

E eu, que nunca simpatizei com Sócrates (nem com Passos Coelho), vejo-me agora quase do lado dele, contra esta gente toda (mesmo reconhecendo, como frisou Mário Soares, que quem o prendeu a ele foi ‘outra gente’). E até os que lá não estão, mais de longe, só falam naquilo (eu, pecador,, me confesso). E talvez os leitores só queiram ler sobre aquilo. Em campanha, os políticos dizem querer separar a Justiça (há cá disso?!…) da política, mas os jornalistas insistem na mistura, para gáudio de Sócrates, e um remexer da campanha (não se sabendo afinal com que consequências, como demonstrou Rangel e disse José Miguel Júdice na TVI ontem).