Piknic, Lisb-On, Out Jazz

Domingo, 31 de Agosto, após quatro tentativas combinadas e canceladas entre amigos, resolvi finalmente fazer uma visita ao Piknic Électronik, movimento iniciado no Canadá, mais precisamente em Montréal, e que se expandiu posteriormente para Barcelona tendo chegado este ano à Tapada da Ajuda, Lisboa. Foi cansado de um evento profissional no dia anterior, mas muito…

Dá-me enorme prazer ver novas culturas e diferentes estilos musicais terem o seu espaço próprio nesta cidade e este Piknic foi o exemplo de que se pode ser diferente e ter sucesso! Numa mescla de crianças acompanhadas pelos pais, numa quente tarde de verão, com muitos turistas e mais tarde verdadeiros festivaleiros e amantes de música eletrónica, pudemos ouvir e degustar sonoridades desde o Indy Dance , Nu Disco, ao House, Deep e Tech até ao Minimal. Sou amante destes estilos musicais, mas o que mais me surpreendeu foi mesmo a forma como pessoas tão diferentes vindas de sítios tão díspares se encaixaram tão bem, contribuindo para um espírito de diversão saudável com muita emotividade à mistura.

Não é único mas é de louvar – também o Out Jazz tem feito o seu caminho dando aos espaços da cidade, jardins e afins, vida própria juntando famílias e amigos em torno da música e do convivio. Ali as pessoas comem, bebem, conversam, passeiam, namoram, de tudo um pouco, mas o conceito é sempre assente numa cultura musical bem própria e num espírito de aproveitamento positivo dos fantásticos fins de tarde que temos, e da diversidade em prol do crescimento coletivo.

Este primeiro fim de semana marca (ou marcou, depende do dia a que ler a crónica) o regresso do Lisb On. Jardim Sonoro que tal como o nome indica pretende ligar Lisboa a uma ‘experiência de entretenimento cosmopolita, num horário original e num formato agregador’. O organizador, Miguel Ângelo Fernandes, inspira confiança pela qualidade que incute sempre aos seus projetos, o cartaz parece próximo da perfeição e o espaço (Parque Eduardo VII) não poderia ser mais convidativo! Espera-se, por isso, mais uma grande vitória da música, da multiculturalidade e da cidade como fenómeno turístico diferenciador e cultural.

Estão de parabéns estas novas formas de cultura, que tal como o Boom Festival, um dos maiores festivais do mundo do seu género, trazem a Portugal um mercado diferente. É de saudar quem arrisca no que acredita, quem vai em frente ciente das adversidades, e quem não escolhe o caminho mais curto só porque sim. Porque devemos seguir os nossos sonhos, mas sobretudo as nossas convicções! Faço questão de ir a todos, porque daqueles que se queixam que não há nada diferente e depois ficam no sofá está o mundo cheio!