O novo romance da escritora norte-americana Harper Lee vai estar à venda em Portugal a partir de 21 de outubro, com o título "Vai e põe uma sentinela", revelou hoje à agência Lusa fonte da Editorial Presença.
De acordo com a mesma fonte, este segundo romance da autora de "Matar a cotovia" que deu a Harper Lee o Prémio Pulitzer em 1961, estará à venda a partir dessa data em simultâneo em todas as livrarias, físicas e ´online´, e grandes superfícies.
Inserido na coleção Grandes Narrativas da Editorial Presença, o livro - traduzido para o português por Isabel Nunes e Helena Sobral - volta ao personagem principal, Jean Louise Finch, que viaja para Maycomb, a sua cidade natal no Alabama, Estados Unidos, para visitar o pai, Atticus.
A ação de "Vai e põe uma sentinela" decorre durante o turbulento período de meados da década de 1950, quando a nação está dividida em torno das questões raciais.
É então que Jean Louise Finch descobre verdades perturbadoras acerca da família, da cidade e das pessoas de quem gosta, levando-a a um confronto com valores, princípios, e problemas de ordem pessoal e política.
Escrito antes de "Matar a cotovia", o romance inédito de Harper Lee, 88 anos, apresenta muitos dos mesmos personagens desse primeiro romance, mas vinte anos mais velhos.
O manuscrito tinha sido dado como perdido, mas "Go set a watchman" - no original - foi descoberto no ano passado e publicado em inglês a 14 de julho deste ano, ocupando os 1º lugares dos tops nos Estados Unidos e em Inglaterra, indicou a Presença.
Harper Lee nasceu em 1926 em Monroeville, no Alabama, frequentou o Huntingdon College e estudou Direito na Universidade do Alabama.
"Matar a cotovia" - do qual já foram vendidos mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo - foi eleito o Melhor Romance do Século pelo Library Journal, em 1999.
A autora norte-americana foi distinguida com a Medalha Presidencial para a Liberdade, em 1999, pelo seu contributo prestado à literatura.
A Editorial Presença indicou ainda à Lusa que "publicará oportunamente a versão ´ebook´ do livro "Matar a cotovia".
Lusa/SOL