‘Preparem-se bem, porque aqui mora muita força’

O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que não esteve “de faxina” a preparar o regresso do PS, associou os socialistas a um regresso do FMI e avisou que está “com muita força”.

‘Preparem-se bem, porque aqui mora muita força’

"Aqueles que pensam que estivemos de faxina para lhes facilitar o regresso, estão enganados. Nós não estivemos de faxina, nós estamos há quatro anos a preparar o futuro de Portugal, não é o regresso ao passado do socialismo em Portugal", declarou Passos Coelho, num jantar comício da coligação PSD/CDS-PP, no Centro de Congressos de Lisboa.

No final de um discurso de cerca de 35 minutos, o presidente do PSD acrescentou: "E aqueles que pensam que também que, por isso, nos esgotámos, que estamos cansados, que não temos uma ideia para futuro, podem pensar isso para sua autossatisfação, mas preparem-se bem, porque aqui mora muita força, muita determinação, muitas ideias e muito futuro para Portugal. Viva Portugal".

Antes, Passos Coelho pediu "condições para governar" mais quatro anos, sugerindo que o regresso do PS ao poder conduzirá a um novo pedido de resgate ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

"O pior que pode acontecer a um país é a chamada política do ioiô, ora vai para baixo, ora vem para cima, ora se chama o FMI, ora se estimula o consumo e a procura interna para voltar a chamar o FMI passados mais uns anos. Essa política não é uma política que respeite os portugueses, que respeite a velha nação que nós somos, não é uma política que garanta aos jovens e a todos os portugueses o futuro digno que eles merecem", afirmou.

Neste jantar comício — que aconteceu um dia depois do seu frente a frente televisivo com o secretário-geral do PS, António Costa — o presidente do PSD comparou resultados desta legislatura com os da anterior governação socialista e defendeu que é preciso não esquecer o que levou ao resgate de 2011, sem nunca referir o nome do ex-primeiro-ministro, José Sócrates.

Pedro Passos Coelho chegou ao Centro de Congressos de Lisboa com uma hora e quarenta minutos de atraso, e entrou no recinto com Paulo Portas ao seu lado, rodeado de apoiantes com bandeiras brancas, azuis e cor de laranja da coligação Portugal à Frente.

Estiveram neste jantar sociais-democratas como José Luís Arnaut e Nuno Morais Sarmento, a presidente cessante da Assembleia da República, Assunção Esteves, bem como os ministros Paula Teixeira da Cruz e Luís Marques Guedes, que são candidatos a deputados por Lisboa, e Nuno Crato e Anabela Rodrigues.

Marco António Costa, Pedro Mota Soares, Teresa Leal Coelho e Teresa Morais também marcaram presença neste jantar que juntou centenas de pessoas – segundo a organização, foram postas mesas para cerca de três mil pessoas.

Lusa/SOL