Vontade de acolher refugiados alastra por Portugal

Os movimentos solidários em relação aos mais de 3 mil refugiados que Portugal irá receber têm-se multiplicado, e de norte a sul do país são cada vez mais aqueles que se mostram dispostos a acolher estas pessoas.

Vontade de acolher refugiados alastra por Portugal

Portugal vai receber 3.074 refugiados, no âmbito do processo de recolocação de mais de 120 mil pessoas por todos os Estados-membros, os primeiros dos quais poderão começar a chegar já a partir do mês de outubro.

Recentemente foi a Universidade de Coimbra que demonstrou a sua disponibilidade, junto do Conselho Português para os Refugiados (CPR), para receber estudantes refugiados, estando a avaliar a logística necessária para o acolhimento.

Ao nível autárquico, muitos têm sido os municípios que afirmaram estar disponíveis para receber estas pessoas, desde Penela, Sintra, Santarém, Vila de Rei, Oleiros, Lisboa, Castelo Branco, Penamacor, Vila Velha de Ródão ou as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, bem como os 15 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela ou os nove municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes.

Também a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) fez saber que estas instituições estão em condições de acolher "grande parte" dos refugiados que cheguem a Portugal.

O próprio ministro da Presidência, Marques Guedes, afirmou que "Portugal quer estar na primeira linha" do auxílio humanitário aos refugiados, adiantando que o Governo já está a trabalhar com as instituições públicas e associações da sociedade civil para preparar o acolhimento.

Os bispos portugueses também pretendem contribuir para "uma resposta concreta" ao flagelo dos refugiados que têm chegado à Europa, em colaboração com o Estado português e a comunidade internacional e o Santuário de Fátima já anunciou que vai disponibilizar uma casa para acolher refugiados.

Entretanto, foi criada, e já apresentada, uma Plataforma de Apoio aos Refugiados destinada a procurar respostas e acolhimento para famílias em situação de emergência, que integra já 30 instituições.

Uma delas é a Comunidade Islâmica de Lisboa, que manifestou disponibilidade para receber cerca de 250 refugiados.

Lusa/SOL