Ricardo Araújo Pereira prometeu uma entrevista fácil. Jerónimo de Sousa agradeceu

Ricardo Araújo Pereira prometeu. E cumpriu. Logo no início da entrevista a Jerónimo de Sousa no novo programa na TVI dos Gato Fedorento, Isto é tudo muito bonito, mas, começou por avisar que ia entrevistar um “senhor” a quem iria colocar “questões muito simpáticas até porque ele veio acompanhado por alguns seguranças da Festa do…

Ricardo Araújo Pereira prometeu uma entrevista fácil. Jerónimo de Sousa agradeceu

Uma série de perguntas a que o líder do PCP não teve dificuldade em responder. Nem quando Araújo Pereira lhe perguntou, referindo-se à venda da EDP à China Three Gorges: “Quando governos perseguem comunistas fica indignado e quando eles oferecem empresas de mão beijada aos comunistas também fica indignado?!”.

“O problema não está no comprador” respondeu Jerónimo, “está em quem vende” que leva a cabo um ato “antipatriótico” ao alienar património público “fundamental”.

Pelo meio passou a entrada de Marcelo na Festa do Avante!. “Já despediu o porteiro?” lançou RAP. Entrou ”o Marcelo e mais 50 ou 70 mil que não são militantes” do PCP aproveitou para publicitar o secretário-geral comunista, bem como para recordar “o Ricardo Araújo que até já vendeu umas bejecas na festa do Avante!”.

E estaria Jerónimo disposto a despir-se na capa de uma revista, como Joana Amaral Dias? ”Agora não” ri Jerónimo, “mas no meu tempo…”

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Também se falou de alianças políticas. Com o BE? A questão não é “repartir os pequenos e médios proprietários, o problema é combater o latifúndio do PS e PSD”. E um acordo com o PS, já que até “os Estados Unidos e Cuba se entenderam” provocou Araújo Pereira? A questão deveria ser antes: “Governar para quem? para quê?”, contrariou Jerónimo, “para fazer o que os governos PS têm feito quando têm maioria absoluta? Como dizia o poeta ‘por aí não vou’”.

Ainda houve tempo para “duas perguntas difíceis” sobre uma aliança que o PCP fez com os sociais-democratas na autarquia de Loures. “Bons autarcas há em todos os partidos” argumentou Jerónimo, e até “parece que o PSD já o despediu…”.

No resto do programa, o 'plafonamento' (a possibilidade uma percentagem dos descontos para a Segurança Social ir para esquemas privados de proteção social) e a pizza de José Sócrates foram um dos pratos fortes. O que é o 'plafonamento', foi perguntado a várias pessoas na rua? Ninguém sabia, até houve quem dissesse que parecia uma coisa "qualquer sexual" que "os casais por vezes não têm tempo para praticar". Mas o extra queijo e o pepperoni da pizza estavam na ponta da língua.

teresa.oliveira@sol.pt