Dona da Zara aumenta lucros

O grupo Inditex, dono de marcas de roupa como a Zara ou a Massimo Dutti, registou lucros de 1,166 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, um aumento de 26% face ao mesmo período de 2014.

Com a Ásia e a América como principais motores de crescimento, o grupo têxtil galego conseguiu vendas no valor de 9,421 mil milhões de euros na primeira metade do exercício fiscal, ou seja de 01 de fevereiro a 31 de julho. Ou seja, as vendas cresceram 16,5% do que no mesmo período do ano passado. 

A companhia, fundada por Amancio Ortega e presidida, atualmente, por Pablo Isla, assinalou que o ritmo de crescimento se mantém no terceiro trimestre, uma vez que as vendas aumentaram 16% a taxas de câmbio constantes no período de 01 de agosto a 10 de setembro. A indicação da Inditex é relevante porque nesse período a sua maior rival a nível mundial, a H&M, registou um decréscimo que atribuiu à onda de calor na Europa.

Destes 16,5% de crescimento nas vendas, 2,5 pontos devem-se a taxas de câmbio favoráveis devido à depreciação do euro. Já o crescimento nas lojas (sem contar com as novas aberturas) foi de sete pontos. Os sete pontos percentuais restantes devem-se às novas lojas.

Por marcas, a Zara Home foi a que mais cresceu (22%), seguida da Zara (18%). A principal cadeia do grupo representa 6.140 dos 9.421 milhões que a Inditex fatura. 

Em todas as cadeias, as vendas subiram mais de 10% com exceção da Massimo Dutti (9%) e da Uterqüe (5%).

Por regiões, a Europa (sem contar com Espanha) concentra a maior parte das vendas, com 42,7%, mas perde quase três pontos sobre o total. O peso de Espanha também se reduziu para 17,4% do total, uma vez que o crescimento deste mercado foi de 6%, mas inferior à média do grupo.

A região 'Ásia e Resto do Mundo' já representa 25,2% do total de vendas.

O forte crescimento das vendas tem impacto direto nas margens. A margem bruta aumentou em 17%, o resultado bruto operacional (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, ou EBITDA) melhoraram 22% para 1,970 mil milhões de euros e o resultado de exploração (EBIT) cresceu 25% para 1,489 mil milhões. 

A empresa fechou o primeiro semestre com uma posição de tesouraria líquida de 4,354 mil milhões de euros, um recorde na história da empresa e mais mil milhões do que em 2014. Ou seja, a Inditex não tem dívida (apenas 11 milhões) e tem em caixa, em investimentos financeiros e equivalentes cerca de 4,365 mil milhões de euros.

Lusa/SOL