Serão cerca de 70 os "invisíveis", homens e mulheres dos 11 aos 65 anos, cobertos num fato espelhado, que percorrerão o Porto, numa experiência de anonimato pela cidade.
"São personagens emblemáticas que simbolizam o proletariado, a mão-de-obra", explicou à Lusa a artista, Luísa Mota, pela mão de quem os "homens invisíveis" surgiram em 2009 em Miranda do Douro e já se passearam por Londres, São Paulo e Bahia.
No domingo, os "invisíveis" de Luísa Mota voltam à cidade e acompanharão, na Praça D. João I, o "monumento invisível", uma escultura que, a partir de dia 24, circulará para outros pontos do Porto como Avenida dos Aliados, Rua de Santa Catarina, Praça dos Poveiros, Praça da Batalha, Cordoaria e Cedofeita.
Com 2,5 metros de diâmetro, o "Monumento Invisível" será uma algo "impossível de não ver", adianta a artista.
A parada dos "invisíveis" de sábado, entre o Palácio de Cristal e o Rivoli, inaugura "Tuti Momo", uma exposição que pretende ser um "retrato psicológico e comportamental da sociedade local".
No terceiro piso do teatro municipal estará "um projeto muito orgânico" em que "a exposição se vai transformando" e"evoluindo ao longo das semanas", explicou a artista para quem esta será uma instalação que "vive do público".
A exposição no Rivoli abre as portas no dia 24, às 19:00 e, até 30 de outubro, assistirá a performances todas as sextas e sábados, das 20:00 às 22:00, "momentos de enredo denso, que interagem com o público, o edifício e equipa do Teatro Municipal do Porto, e artistas convidados", revela comunicado.
Lusa/SOL