Motorcycle Boy abre em Algés. Um hostel para quem gosta de duas rodas

Motorcycle Boy, assim se chama o mais recente hostel, que abriu portas a 11 de setembro,  no número 34 da Avenida da República, em Algés. Um espaço que congrega ainda uma loja de acessórios de mota, uma oficina e futuramente uma cafetaria.

A ideia surgiu das mãos de Frederico Arouca, um apaixonado pelo mundo das duas rodas: “A primeira vez que me sentei numa mota percebi que iam moldar a minha vida. 

Muito pouco tempo depois comprei uma PXR, depois uma DT, e nunca mais parei, isto há mais ou menos 30 anos.”

O espírito empreendedor, que lhe tem valido a passagem por várias áreas diferentes, trouxe-o agora a este espaço, que conta com cinco quartos, num total de 14 camas, uma sala, um terraço com 80m2 com vista para Monsanto, uma cozinha equipada e duas casas-de-banho completas.

E afinal o que traz de novo o Motorcycle Boy?

“Este é um projecto focado nas motas e oferece uma oficina com um dos melhores e mais reputados mecânicos portugueses, o Luis Cerqueira, que aos 60 anos, continua a trabalhar na equipa que corre o TT da Ilha de Man”, explica Frederico Arouca, de 44 anos, que ao fim de dez anos à frente de uma escola de publicidade, lhe pareceu ser a altura certa para arregaçar as mangas e avançar para este novo projecto.

“Nunca fui de ficar quieto. Sempre me interessei por tudo, mas em toda a minha vida nunca deixei de comprar revistas de motas. Sempre foi o meu escape. Não só andar nelas como apreciar as suas linhas e todo o universo que as rodeia. Trabalhar a construir, modificar, criar motas pareceu-me a escolha óbvia. É uma paixão constante na minha vida, poder trabalhar com as mãos, e tenho a sorte de estar no lugar certo no momento certo, pois este sector está em franco crescimento na Europa.”

Da ideia para o projecto em si não foi preciso muito e com a ajuda do seu amigo e jornalista Miguel Satúrio Pires, o sonho tornou-se realidade.

“Neste momento temos o hostel cheio, com nacionalidades muito diferentes, desde franceses, australianos, búlgaros, brasileiros, espanhóis, portugueses, entre outros”, avança Miguel, ascrescentando que o preço por estadia é a partir dos €12/pessoa.

Mas nem só de dormidas vive o Motorcycle Boy, cuja decoração passa por candeeiros feitos de faróis, mesas com velhos pneus e um banco que foi em tempos assento de uma mota. Mas também há capacetes e casacos de cabedal pendurados pelas paredes.

Por ali destaca-se ainda a loja com várias marcas de capacetes (Bell, Biltwel, Bandit, DMD) acessórios (Roland Sands, Deus) e todas as peças necessárias para transformar as motas, tudo “escolhido a dedo”, diz o jornalista, acrescentando: “Temos por exemplo, mais de 20 tipos de guiadores existentes que permitem ao interessado sentir logo como a mota vai ficar ao alterar o guiador.”

“A Motorcycle Boy tem mais de 20 motas próprias e temos 10 preparadas para alugar. Alugamos cafe racers e scramblers e não o normal, que são vespas ou BMW GS.

Outra curiosidade do nosso projecto é que todos nós andamos e temos motas, Não aceitamos colaboradores não motards, pois não percebem o mundo em que nos mexemos”, afirma Frederico Arouca.

Por abrir está ainda a cafetaria, mas os proprietários já meteram mãos à obra, e o balcão e uma mesa com três metros estão já a tomar forma. Para já pode acompanhar tudo pelo site: www.motorcycleboyportugal.com .