António Costa assegura que “não haverá qualquer corte de pensões”

O secretário-geral do PS, António Costa, assegurou hoje que, caso venha a ser eleito primeiro-ministro, os pensionistas não vão sofrer qualquer tipo de corte nas pensões, ao contrário do que diz que a coligação PSD-CDS/PP pretende fazer.

"Já dissemos e repetimos que não haverá qualquer corte de pensões. Nem das pensões de hoje, nem das pensões de amanhã", sublinhou António Costa num almoço com apoiantes, em Viseu, acrescentando que "qualquer pensão constituída é uma pensão devida e tem de ser paga".

"Nós não cortaremos nenhuma pensão a nenhum pensionista e quem o quer fazer é o doutor Passos Coelho e o doutor Paulo Portas, que querem cortar 600 milhões de euros aos pensionistas", acrescentou.

O líder socialista acusou Passos Coelho de se servir de alguns "truques", quando diz "ai eles querem poupar 250 milhões de euros num conjunto de prestações de natureza não contributiva, então vou multiplicar por quatro e dizer que vão cortar mil milhões de euros de prestações".

"Nós, quando referimos que eles querem cortar 600 milhões de euros é a despesa que querem cortar em cada ano. Se multiplicarmos por quatro [anos], podemos dizer que querem cortar 2.400 milhões de euros e assim sucessivamente e o número ia crescendo, crescendo", sustentou.

Ao longo do seu discurso de cerca de 25 minutos, António Costa esclareceu que um Governo por si liderado não vai cortar mil milhões de euros de prestações a ninguém, "nem sequer 250 milhões de euros de prestações a quem quer que seja".

"Nós não confundimos o que é poupar recursos com o que é cortar prestações. Cortar prestações foi o que eles fizeram: fizeram-no aos 70 mil idosos que beneficiavam de complemento solidário para idosos e que eles cortaram tirando-lhes uma prestação que era absolutamente essencial para poderem viver com dignidade", concluiu.

Lusa/SOL