Dez mil refugiados entraram na Croácia e Áustria

Quase 10.000 refugiados e migrantes entraram na sexta-feira na Croácia com o objetivo de chegar à Europa ocidental, segundo o ministério do Interior croata, enquanto a Áustria notabilizou uma cifra similar e à Hungria chegaram mais de 8.000 pessoas.

Dez mil refugiados entraram na Croácia e Áustria

Desde o passado dia 15 de setembro entraram na Croácia cerca de 65.000 migrantes, coincidindo com o encerramento da fronteira húngara com a Sérvia, o que converteu o território croata uma nova zona de trânsito na rota dos Balcãs.

A zona mais utilizada é a chamada "fronteira verde" servo-croata, um terreno plano entre os rios Danúbio e Sava, em que se encontram as localidades de Tovarnik, Ilok Bapska, Strosinci.

Os refugiados que chegam da Croácia são levados até ao centro de acolhimento de Opatovac, perto de Tovarnik, onde são registados e podem descansar, sendo transportados em comboios e autocarros até a fronteira com a Hungria.

As autoridades húngaras, por sua vez levam os migrantes para a fronteira austríaca, de onde são transportados para Viena e, dali, para a Alemanha, o destino preferido dos refugiados.

Na Hungria, a polícia informou que intercetou na sexta-feira 8.159 refugiados que entraram no país de forma ilegal, procedentes na sua maioria da Croácia.

Nas primeiras horas de hoje, cerca de 2.000 refugiados foram transportados num comboio para a fronteira com a Áustria, conforme a rotina dos últimos dias.

O primeiro-ministro húngaro, o conservador Viktor Orban, assegurou na sexta-feira que o seu governo irá seguir a construção das proteções e muros na fronteira com a Croácia, para deter os milhares de refugiados que chegam a este país vizinho, como já o fez com a Sérvia.

Este ano, o número de refugiados que entraram na Hungria procedentes das zonas de conflitos supera os 240.000, ainda que a maioria tenha abandonado o país em direção à Europa ocidental, como a Alemanha e Suécia.

Na sexta-feira, chegaram 10.500 refugiados, a maioria pela fronteira com a Hungria, em Nickelsdorf, onde há um centro de receção gerido pelo exército e pela Cruz Vermelha.

Lusa/SOL