Supertaça de basquetebol está em risco

Os árbitros de basquetebol decidiram manter a posição de, a partir de hoje, não participarem nas competições nacionais enquanto a federação não der garantias de liquidar a dívida de 137 mil euros relativa à época passada.

"A federação enviou-nos uma carta em que não oferece quaisquer garantias de pagamento da dívida. Apenas propôs que o prazo para a apresentação de um plano de pagamentos se prolongue até ao dia 09 desde mês. Não temos qualquer documento a especificar esse plano", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Juízes de Basquetebol (ANJB), Paulo Alves.

Com esta decisão, fica em causa a realização dos jogos da Supertaça masculina e feminina agendados para sábado, respetivamente em Vila Nova de Cerveira e no Funchal.

"A federação não pode prometer aquilo que não tem. Todos os agentes conhecem a grave situação financeira da FPB [Federação Portuguesa de Basquetebol] e têm de agir com bom senso. Neste momento, não sabemos se as supertaças se vão disputar", admitiu Pinto Alberto, diretor das competições organizadas pela federação.

Rui Valente, presidente do Conselho de Arbitragem da FPB, reconheceu à agência Lusa de que não fez as nomeações para os jogos das Supertaças por não ter juízes da primeira categoria disponíveis para apitar.

O responsável pela arbitragem no seio da FPB esclareceu ainda o papel do seu organismo neste conflito. "Queremos fazer parte da solução e não do problema. Da nossa parte, tudo fizemos para que os jogos se realizassem", adiantou Rui Valente.

Caso os árbitros se mantenham efetivamente indisponíveis, os regulamentos permitem que os jogos sejam dirigidos por outros árbitros que estejam nas bancadas ou até mesmo pelos 'capitães' das duas equipas, desde que os clubes estejam de acordo.

"Espero que não se chegue a essa situação de recurso", diz Rui Valente, preocupado com o pouco tempo que existe para a resolução desta questão.

Lusa/SOL