Televisão: Quem ganhou foi a ‘abstenção’.

Se houvesse um paralelismo com a realidade eleitoral, podíamos dizer que nas televisões ontem à noite quem ganhou foi a abstenção, ou seja, aqueles que não quiseram ver os canais que deram em contínuo (entre as 20h e cerca das 0h de hoje)  o apuramento de resultados e a análise da noite de eleições.

Televisão: Quem ganhou foi a ‘abstenção’.

De acordo como relatório da GFK/Mediamonitor, um estrondoso número de 51,4% de telespetadores não estiveram a seguir a noite eleitoral. A programação dos canais por cabo e o visionamento de programação gravada interessou mais os portugueses do que o que se passava nos ecrãs das  generalistas: RTP1, RTP2, SIC e TVI.

E foi mais uma data histórica, depois de em 16 de Agosto deste ano o cabo e os canais gravados terem tido um resultado maior que o visionamento da chamada televisão linear. Foi a segunda vez que a ‘fatia’ canais  por cabo (alguns com subscrição) e gravação de conteúdos é maior que a outra fatia: a da televisão que está a dar em direto. Refira-se que ontem, pela primeira vez, houve futebol em dia de eleições, com o jogo do Sporting / Vitória de Guimarães transmitido pela SporTv.

Mas, claramente, quem perdeu as eleições foi a SIC, com 648 mil espetadores. A TVI ganhou a noite, com 926 mil.  E a RTP1 conseguiu um segundo lugar, no bloco informativo principal , das 20h às 23h50, com 878 mil espetadores. Quanto à divisão dos espetadores, a SIC ficou com um share de 14,2%; a RTP1 com 18,8% e a TVI com 20,5%.

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