Setembro chuvoso e frio desagrava seca em Portugal

A chuva e o frio no mês de setembro contribuíram para o desagravamento da seca meteorológica, que terminou mesmo na região noroeste de Portugal, de acordo com o boletim climatológico mensal.

Segundo o boletim, publicado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a 30 de setembro, 85% do território nacional estava em situação de seca meteorológica, 24% em seca fraca, 29% em seca moderada e 32% em seca severa.

De acordo com a análise realizada, o índice meteorológico de seca, que tem em conta dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo, permitindo detetar a ocorrência de períodos de seca e classifica-los em termos de intensidade, revela que a situação de seca teve início em março de 2015, intensificando-se até final de julho e mantendo-se em agosto em quase todo o território.

"No mês de setembro verifica-se um desagravamento da área afetada e da intensidade da situação de seca meteorológica, tendo mesmo terminado na região noroeste do território", refere o documento publicado pelo IPMA.

Segundo os dados do boletim, o valor médios da temperatura média, mínima e máxima do ar foram inferiores ao normal. O valor médio mensal da temperatura mínima do ar — 12,73 graus Celsius — foi o mais baixo dos últimos 39 anos.

Já o valor médio da quantidade de precipitação em setembro (54,4 milímetros) foi superior ao valor médio (42,1 milímetros), o que levou o instituto a classificar o mês como chuvoso.

De acordo com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), a quantidade de água armazenada em setembro subiu em três bacias hidrográficas de Portugal continental e desceu em nove.

Segundo o boletim de armazenamento de albufeiras do SNIRH, no último dia do mês de setembro, e comparativamente ao último dia do mês anterior, verificou-se um aumento do volume armazenado em três bacias hidrográficas e uma descida em nove.

Das 60 albufeiras monitorizadas, sete apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 12 têm disponibilidades inferiores a 40%.

Lusa/SOL