O seu espaço político natural é o do centro e da direita, embora, com as suas análises televisivas de domingo à noite, por vezes pontuadas por algum humor, seja conhecido de todos os portugueses, e por isso possa ir buscar votos à esquerda. A sua candidatura retira espaço político ao outro candidato da sua área política, Rui Rio, que assim se vê enfraquecido, e que pode nem se apresentar como candidato (embora ele seja um homem muito tenaz).
Conhecido, inteligente, com sentido de humor: Marcelo aparece neste momento como o candidato mais forte, embora não tenha apoio partidário (mas só Edgar Silva conte com o apoio de um partido, o PCP).
Se for eleito, Marcelo será um presidente muito mais interventivo do que foi Cavaco: está-lhe nos genes. E, se não houver maioria parlamentar de esquerda, vamos ver Marcelo muitas vezes na televisão, com as suas propostas, mais ou menos inesperadas.
Bloco de Esquerda
Estou a ouvir Luís Fazenda na RTP 3, onde falou de “um governo minoritário do PS com o apoio parlamentar dos partidos de esquerda”. Então, está esclarecido: não querem ir para o governo. E se o PCP quiser, mudarão de opinião?