Gregório Duvivier apresenta em Lisboa o livro ‘Caviar é uma ova’

“Caviar é uma ova”, o livro que reúne ficções, crónicas e relatos do humorista e escritor brasileiro Gregório Duviviver, é apresentado na quarta-feira, em Lisboa.

O ator e escritor, um dos elementos do coletivo de humor Porta dos Fundos, estará nos próximos dias em Portugal para várias iniciativas: a apresentação do livro, editado pela Tinta-da-China, uma digressão nacional com uma peça de teatro e uma noite de "stand up" de poesia.

Na quarta-feira, no Teatro D. Maria II, o ator terá o humorista português Ricardo Araújo Pereira a apresentar "Caviar é uma ova", um livro que chegou a ter o título provisório "Desculpa lá qualquer coisinha", e que reúne alguns textos publicados no jornal Folha de São Paulo.

Este é o primeiro livro de Gregório Duvivier em Portugal. No Brasil já publicou os livros de poesia "A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora" e "Ligue os pontos – poemas de amor e big bang", assim como o de crónicas "Put some farofa".

Em "Caviar é uma ova" "você vai ver muito do Brasil explicado pela minha óptica, que não é de um especialista em nada. É de um sujeito que não entende nada. Como diz o Tom Zé, 'quem não está confuso é porque está mal informado'", afirmou Gregório Duvivier à agência Lusa, quando esteve em agosto, em Lisboa.

No formato da crónica, Gregório Duvivier diz que tem oportunidade de verter para texto aquilo que vê à sua volta: "Mais do que estar atento para dentro de si e estar atento para fora. As crónicas estão nos lugares".

O livro terá uma segunda apresentação no dia 23, no Folio – Festival Internacional Literário de Óbidos, e nesse dia Gregório Duvivier terá um espectáculo de poesia.

A vinda a Portugal acontece também para uma digressão nacional com o monólogo "Uma noite na lua", que começa na sexta-feira, no Teatro Micaelense, nos Açores.

"Uma noite na lua" é uma peça do autor brasileiro João Falcão, estreada nos anos 1990, que Gregório Duvivier recuperou em 2012, tendo feito apresentações sucessivas no Brasil. Até 31 de outubro, o autor apresentará a peça em 12 cidades portuguesas.

No monólogo, Gregório Duvivier interpreta o papel de um autor angustiado com a criação de uma peça, com a qual pretende reconquistar uma mulher, Berenice.

"É a angústia da criação e da solidão. Fala disso, de amor e de falta de amor. Todo o mundo se identifica. Todo o mundo já amou e se sentiu sozinho, foi obrigado a criar alguma coisa, a ter uma ideia", explicou.

Gregório Duvivier, nascido em 1986 numa família ligada às artes e à música, começou a estudar teatro na infância, incentivado pelos pais – a cantora Olívia Bighton e o músico e escultor Edgar Duvivier -, porque era "muito tímido e bastante antissocial e o teatro é socializante".

Em janeiro começa a rodar um filme com o Porta dos Fundos.

Lusa/SOL