Conselho de Finanças Públicas atualiza projeções macroeconómicas até 2019

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) divulga hoje a atualização do relatório sobre as finanças públicas de Portugal, um documento que inclui as projeções macroeconómicas da instituição liderada por Teodora Cardoso até 2019.

Conselho de Finanças Públicas atualiza projeções macroeconómicas até 2019

No relatório "Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2015-2019", o CFP atualiza as projeções macroeconómicas e macro-orçamentais para o período de 2015-2019, que foram publicadas pela primeira vez por aquela entidade em março deste ano.

No comunicado divulgado, o CFP indica que esta revisão "tem em conta os desenvolvimentos entretanto ocorridos a nível interno e internacional e procura explicitar os riscos existentes".

Em março, na primeira edição deste relatório, a instituição liderada por Teodora Cardoso estimou que o défice orçamental ficará abaixo dos 3% em 2015, mas que, sem mais medidas, a partir de 2016 e até 2019, supere aquele limite definido pelas regras europeias.

Na altura, os economistas do CFP escreveram que, "no cenário apresentado, de manutenção das políticas em vigor, a trajetória do saldo orçamental aponta para um défice próximo mas acima do teto de 3% do PIB [Produto Interno Bruto] a partir do ano de 2016".

O CFP admitiu ainda um crescimento económico acima de 2% anualmente a partir de 2016, se o Estado devolver a totalidade dos cortes salariais à função pública e se acabar com a sobretaxa em sede de IRS.

Na "ausência de novas medidas de política", o CFP previu um crescimento até mais elevado do que o esperado pelo Governo: 1,6% este ano, 2,3% e 2,4% em 2016 e em 2017, respetivamente, ficando nos 2,2% nos dois anos seguintes.

O Governo previu em outubro, no Orçamento do Estado para 2015, que a economia cresça 1,5% este ano e, em abril do ano passado, no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), antecipou um crescimento de 1,7% para 2016.

Lusa/SOL