Forbes: Presidente do grupo Fosun é o 11.º mais rico da China

Guo Guangchang, o presidente do grupo Fosun, que comprou em Portugal a Fidelidade e a Luz Saúde, subiu 14 lugares na lista dos maiores multimilionários chineses, para a 11.ª posição, segundo dados publicados hoje pela revista Forbes.

A fortuna pessoal de Guo Guangchang, 48 anos, avançou de 3,7 mil milhões de euros para 6,61 mil milhões no espaço de um ano.

Segundo a Forbes, a fortuna dos homens mais ricos da China aumentou em 17 mil milhões de dólares (15,40 mil milhões de euros), desde 2014.

É um avanço de 20%, – muito acima da taxa de crescimento da economia chinesa no último trimestre, de 6,9% -, apesar da queda abrupta na bolsa de Xangai, que entre meados de junho e o dia nove julho desvalorizou-se 30%.

Tudo junto, os 100 mais ricos da China valem 450 mil milhões de dólares (408 mil milhões de euros) – quase o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) português.

O magnata chinês especializado no mercado imobiliário e no setor do entretenimento, Wang Jianlin, destronou Jack Ma, o fundador do grupo de comércio eletrónico Alibaba, como o homem mais rico da China.

A fortuna de Wang, que é também membro do Partido Comunista Chinês (PCC), cresceu de 13,2 mil milhões de dólares para 30 mil milhões (27,1 mil milhões de euros), segundo a revista.

Os lucros foram impulsionados pela valorização de duas das suas empresas na bolsa de Xangai, que antes de colapsar, avançou 150% no espaço de quase um ano inteiro.

"É bom ter dinheiro", disse o presidente e fundador do grupo Dalian Wanda durante a apresentação da lista. "A maioria das pessoas com dinheiro, especialmente os extraordinariamente ricos, são boas pessoas".

Seis dos dez homens mais ricos da China operam no setor da tecnologia, incluindo o chefe da Tencent Holding, a maior empresa de serviços de internet na China, Ma Huateng (terceiro), o fundador da fabricante de telemóveis Xiao Mi, Lei Jun (quarto), e o CEO do motor de pesquisa chinês Baidu, Robin Li.

A China representa 10% da riqueza mundial e desde o início do século o PIB chinês quintuplicou.

Constitucionalmente, o país define-se como "um estado socialista liderado pela classe trabalho e baseado na aliança operário-camponesa". O marxismo-leninismo continua a ser "um princípio cardial" do PCC.

Contudo, desde há cerca de duas décadas, o Partido passou a defender a "economia de mercado socialista" e a encorajar a iniciativa privada.

Lusa/SOL