"Temos um relatório da Segurança Social que faz um quadro gravíssimo da segurança daquele edifício, nomeadamente em situação de incêndio, já que o prédio, com o miolo todo em madeira, não tem placas e acolhe crianças pequenas [desde os quatro meses] em vários pisos. Desde 2007 que há relatórios anuais a recomendar obras que nunca foram realizadas", descreveu António Fonseca, presidente da União de Freguesias (UF) de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória.
Perante a gravidade do cenário, o autarca convocou para hoje, ao fim da tarde, uma reunião com os encarregados de educação das "12 a 13 crianças" que frequentam a creche para lhes comunicar a necessidade de encerrar o serviço e apresentar como alternativas as creches de Cedofeita e Santo Ildefonso, "também comparticipadas pela segurança social " e situadas na mesma União de Freguesias.
O autarca reconhece que esta situação tem ligações com o fim da comparticipação da Segurança Social às creches da junta, mas nota que, no caso da creche da Vitória, o edifício e o serviço teriam de fechar de qualquer forma.
"Mesmo que se mantivessem os protocolos da Segurança Social com a Junta, aquele edifício não podia continuar como creche", assegura António Fonseca, que preside à UF desde final de 2013.
De acordo com o autarca, "irresponsavelmente, a creche já funcionava assim há muitos anos".
"Existem relatórios anuais da Segurança Social a alertar para o perigo e a junta nada fez", afirma Fonseca.
O presidente da UF refere que o edifício acolhe também um centro de Atividades de Tempos Livres (ATL), para o qual também terá de ser encontrada uma solução.
Lusa/SOL