Todos os passageiros do avião que caiu no Egito morreram

A embaixada da Rússia no Cairo informou que todas as 224 pessoas que estavam a bordo do avião russo que caiu hoje na península do Sinai, no Egito, morreram nessa tragédia.

Todos os passageiros do avião que caiu no Egito morreram

"Infelizmente, todos os passageiros do voo 9268 da Kogalymavia, entre Sharm-el-Sheikh e São Petersburgo, morreram. Enviamos as condolências às famílias e amigos", referiu uma mensagem na página do Facebook da embaixada russa, citado pela agência de notícias AFP.

O avião, que tinha como destino São Petersburgo, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte de Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm-el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.

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O aparelho pertence à companhia russa MetroJet (Kogalimavia), fundada em 1993 e com base no aeroporto moscovita de Domodedovo, que realiza habitualmente voos 'charter' (fretados).

De acordo com a agência de notícias francesa AFP, o Governo egípcio declarou, em comunicado, que 15 corpos já foram recuperados e transferidos para a morgue de Zeinhom, no Cairo.

A correspondente da BBC disse que mais de 100 corpos e a caixa negra do avião já foram encontrados, referindo ainda que o piloto tentou fazer uma aterragem de emergência, mas não conseguiu chegar ao aeroporto mais próximo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o envio de equipas de resgate para o local onde estão os destroços avião russo que caiu hoje no Egito e decretou um dia de luto nacional no domingo.

No domingo, as bandeiras serão colocadas a meia-haste nos edifícios públicos e foi pedido às televisões que deixem de passar programas de entretenimento, segundo um decreto do Presidente divulgado num comunicado pelo Kremlin, citado pela agência AFP.

O chefe de Estado "deu ordem ao ministro das Situações de Emergências (…), Vladimir Putchov, para enviar imediatamente, em acordo com as autoridades egípcias, aviões do ministério de Situações de Emergências para o Egito para trabalhar no local da queda", indicou o Kremlin na nota.

O Presidente já expressou "profundas condolências" aos parentes das vítimas e pediu ao Governo para organizar "ajuda às famílias", acrescentou o comunicado.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou que essas perdas são "irreparáveis".

A Comissão de Investigação, encarregada das principais investigações na Rússia, anunciou que abriu uma investigação para avaliar as eventuais violações das regras de segurança aérea.

Lusa/SOL