Brad Pitt e Angelina Jolie dão entrevista exclusiva sobre vida privada [vídeo]

Angelina Jolie e Brad Pitt são um dos casais de sonho de Hollywood. Juntos há cerca de uma década, e casados há pouco mais de um ano, os norte-americanos sempre foram ciosos da sua vida privada.

Abriram uma exceção e falaram da sua vida à NBC. O canal de televisão divulgou ontem uma entrevista com o par sobre o novo filme ‘By The Sea’ em que entram juntos – 10 anos depois de ‘Mr. e Mrs. Smith’ – e que Angelina realizou e produziu. A conversa abordou questões do foro privado, como os problemas de saúde de Angelina e como os têm enfrentado enquanto casal.

A atriz falou da batalha de oito anos da mãe, Marcheline Bertrand, contra um cancro dos ovários. Foi esse o drama que inspirou o filme.

“Tem muito a ver com um dia em que fui visitar a minha mãe ao hospital, na primeira vez que descobriu que tinha cancro. Iam retirar-lhe os ovários e estava muito transtornada. Mas ouvi gemidos, ao fundo do corredor. Descobri que eram de uma jovem mulher que ainda não tinha tido filhos. Isso pôs tudo em perspetiva”, recorda.

Com uma história familiar marcada por cancro nos ovários e mama, a atriz fez análises e percebeu que tinha elevadas probabilidades de sofrer dessas doenças. Para reduzir o risco de cancro da mama, submeteu-se a uma dupla mastectomia em 2013. Em março, novas análises revelaram a possibilidade de ter um tumor nos ovários.

Brad recorda o momento em que recebeu a chamada da mulher: “Estava em França quando a Angie me ligou e meti-me logo num avião”, conta, realçando a coragem da mulher. “Vê-la a ter de ser tão forte perante a mais assustadora das notícias foi extremamente comovente”.

Para o ator, a sua função era apoiar e fazer o que fosse preciso para manter a família unida. “Sem dúvida que é uma decisão assustadora e há muita coisa que pode correr mal, mas isto foi muito liderado pela convicção dela” recorda, agarrando a mão da atriz. “Fez isto pelos filhos, fez isto pela sua família, para que pudéssemos estar juntos, e isso superou tudo e qualquer coisa”.

Mas o apoio do marido também foi essencial para Angelina. “Apesar de falar da minha força, foi muito claro comigo. Sabia que o que ele gosta numa mulher é a inteligência e a preocupação com a família, não tinha nada a ver com o corpo em si. Durante a intervenção soube que estava ao meu lado e que não me iria sentir menos mulher, porque o meu marido não ia deixar”.

Ao longo do processo, Angelina teve sempre a mãe no pensamento. “Tivemos os mesmos médicos, as mesmas enfermeiras. A médica que me operou aos ovários foi a mesma da minha mãe. Aparentemente, a minha mãe tinha-lhe pedido: ‘Promete-me que vais tirar os ovários à Angie’. Quando estivemos juntas, chorámos bastante e disse-me: ‘Prometi à tua mãe. Tenho mesmo de fazer isto’.”

Apesar de não ter efetivamente um tumor, retirou os ovários e as trompas. Teve uma menopausa precoce, por causa da cirurgia. E acredita que a sua experiência pode ajudar outras mulheres.

“Muitos de nós vamos ter cancro. Vamos todos morrer. Enfrentarmos estes assuntos juntos, falarmos sobre eles e conversarmos sobre o que significa ser humano pode ser uma coisa bonita”.  

Ainda não se sabe muito sobre o novo filme, além de ter sido inspirado no drama da mãe de Jolie e envolver um casamento problemático, que a atriz espera que não seja comparado ao seu: “Espero que o público compreenda que se fosse parecido com o nosso nunca faríamos este filme”.

Aliás, o casal fê-lo porque é uma dupla “muito muito estável”. “Não temos esses problemas” conclui.