Morte em Guimarães foi suicídio ou acidente e não homicídio

A morte de Rui Castro, no centro histórico de Guimarães, foi motivada por suicídio ou acidente – anunciou a Polícia Judiciária, desmentindo assim a hipótese de início avançada por populares que encontraram o corpo ao princípio da manhã de sábado, no Largo da Misericórdia, que lançaram a suspeita de que o homem teria sido vítima…

A título excecional e usando uma prorrogativa prevista no Código de Processo Penal, a PJ avançou com uma comunicação sobre o caso, “para acabar com o alarme social em Guimarães, onde já se falava inclusivamente em constituírem-se milícias populares”.

Segundo fontes oficiais contactadas hoje pelo SOL, a morte de Rui Miguel Castro, de 39 anos – que era conhecido pela alcunha de ‘Chinês’, em Guimarães, cidade de onde era natural e residia após ter emigrado para Moçambique – “não teve qualquer tipo de intervenção criminosa”.

Os inspetores da brigada de homicídios da Judiciária de Braga, que assistiram à autópsia para esclarecerem desde logo a causa da morte, inclinaram-se logo para a tese de acidente ou de suicídio, afastando de imediato qualquer tese de homicídio. E na autópsia concluiu pela inexistência de sinais de agressões causadas por terceiros. Tudo aponta para suicídio ou acidente, mas só após os exames complementares dentro de alguns dias ficará esclarecido.

A Polícia Judiciária nunca teve um único suspeito, conforme o SOL também noticiou. É que nem as circunstâncias da morte e muito menos ainda o passado de Rui Miguel Castro indiciavam qualquer possibilidade de homicídio. Além do mais, “ninguém assistiu a uma discussão direta entre o falecido e qualquer grupo de jovens”, segundo fontes conhecedoras do processo, explicando assim porque é que não havia quaisquer testemunhas do eventual crime ou dos supostos desacatos.

O facto de durante a noite ter havido algazarra e protestos dos moradores, incluindo-se entre estes o próprio Rui Miguel Castro, que era muito estimado em Guimarães, levou os vizinhos a avançar para convicção de um homicídio cometido por vários desordeiros.