Telemóvel pode ser ferramenta de produtividade no trabalho

O uso do telemóvel no local de trabalho pode melhorar a produtividade e satisfação dos trabalhadores, defendem duas startups portuguesas presentes na Web Summit em Dublin.

A TeamOutLoud é uma aplicação móvel para o setor hoteleiro de partilha de momentos marcantes, avaliação dos trabalhadores e colegas e divulgação de informação importante.

Associando características de "intranet" e rede social, visa aumentar o envolvimento e também a retenção dos empregados num setor onde a rotação é muito elevada, justificou a cofundadora Ana Ventura.

A criação de uma versão unicamente móvel, acrescentou Pedro Miguel, outro dos cofundadores, reconhece a "mudança de comportamento" das pessoas e das próprias empresas quanto ao uso de "smartphones", cada vez mais populares na consulta e partilha nas redes sociais.

"Só o dispositivo móvel permite partilhar aquele momento imediato", vincou.

As características de espontaneidade e imediatez do telemóvel são também aquelas que interessam à Tap My Back, outra aplicação móvel de reconhecimento dentro de equipas de trabalho por chefias ou entre colegas.

"Com a nova geração, cada vez mais, as pessoas usam mais o telemóvel, que agora é mais bem aceite pelas chefias", disse à Lusa Guilherme Duarte, gestor de produto.

Lançada há um ano, a aplicação tem um milhar de equipas criadas, das quais 60% ativas, com presença forte nos EUA e Austrália e também em Portugal, Reino Unido ou Canadá em empresas de setores que vão das telecomunicações aos seguros ou retalho.

Até ao final do ano, a Tap My Back pretende determinar qual o mercado onde vai apostar para depois tentar angariar financiamento, que poderá ir de 500 mil a um milhão de euros, disse o diretor, Filipe Gonçalves.

A TeamOutLoud iniciou recentemente um projeto piloto de cinco meses com o hotel Corinthia em Lisboa, após o qual pondera angariar investimento para promoção ou expansão para outros setores económicos.

A Web Summit é um dos principais eventos para empresas tecnológicas europeias, tendo a organização estimado que atraia cerca de 30 mil participantes, nomeadamente empreendedores, investidores e media.

Lusa/SOL