Transporte escolar desviado para manif da CGTP

As crianças da escola básica de Montemor-o-Novo poderão ficar sem transporte para casa, hoje ao final do dia, porque os autocarros que fazem o transporte escolar foram deslocados para Lisboa, para levar manifestantes para a concentração da CGTP junto ao Parlamento. A situação foi denunciada nas redes sociais através de um ofício dirigido pelo Agrupamento…

«Na sequência da concentração agendada para o próximo dia 10 de Novembro de 2015, vimos por este meio informar que a partir das 11h30 poderá não ser garantida a realização do transporte escolar, para os alunos transportados pelas viaturas municipais e pelas viaturas da junta de freguesias», lê-se no documento que os encarregados de educação dos alunos receberam ontem. Na missiva diz-se ainda que «igualmente não poderá ser garantido o fornecimento de refeições e os prolongamentos de horário nos estabelecimentos de ensino do concelho».

A autarquia e a escola confirmaram ao jornal Expresso o envio desta informação aos pais. A situação está a gerar muita indignação, em especial entre o PSD e o CDS que acusam o PCP e o PS de utilizar os meios públicos para fins partidários.

Deputado do PSD denuncia transporte para concentração da CGTP

Na sua página de Facebook, o deputado do PSD, Duarte Marques publicou também fotografias de autocarros das autarquias de Évora, Cuba, Montemor-o-Novo e de Vila Viçosa estacionados ao longo da avenida 24 de Julho, perto da Assembleia da República. O social democrata denuncia, assim, «a utilização de meios públicos para fins partidários».

No Seixal aconteceu uma situação que está também a causar indignação nas redes sociais. Num edital da Câmara Municipal do Seixal, lê-se a convocação de um plenário geral de trabalhadores para hoje, dia 10, às 12h30, com o objetivo de levar os trabalhadores da autarquia a participarem na concentração em frente ao Parlamento. Ao invocar a lei geral do trabalho em funções públicas, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local tentou contornar a injustificação das faltas ao trabalho destes funcionários públicos.

rita.carvalho@sol.pt