É “cada vez mais claro” que BES terá custos elevados para contribuintes, diz PS

O Partido Socialista (PS) diz que o ‘chumbo’ de hoje do Novo Banco nos testes de ‘stress’ no cenário mais adverso faz com que seja “cada vez mais claro” que o processo de resolução do BES terá “custos elevados para os portugueses”.

É “cada vez mais claro” que BES terá custos elevados para contribuintes, diz PS

"Como foi dito em setembro passado, quando do anúncio do cancelamento do processo de venda do Novo Banco em curso, hoje é cada vez mais claro que o processo de resolução do BES terá custos elevados para os contribuintes. A informação hoje divulgada vem confirmar esses custos", frisa o deputado do PS Ricardo Mourinho Félix em declaração enviada à agência Lusa.

O parlamentar reagia à notícia de hoje de que o Novo Banco 'chumbou' nos testes de 'stress' do Banco Central Europeu (BCE) no cenário mais adverso, com as projeções para 2017 a estimarem um rácio de capital CET1 [Common Equity Tier 1] de apenas 2,4%, abaixo do mínimo de 5,5%, pelo que terá de reforçar o seu capital em 1.398 milhões de euros no prazo de nove meses.

A divulgação desta informação, diz o PS, confirma a posição do partido "de que a dita saída limpa do programa de ajustamento com a queda do segundo maior banco privado português apenas três semanas depois não passou de um embuste".

A informação hoje divulgada, prossegue Ricardo Mourinho Félix, "deixa claro que o custo do processo de resolução foi subestimado e que o Novo Banco apresenta uma elevada fragilidade do seu balanço face a uma situação adversa".

E prossegue o deputado socialista: "O futuro Governo do PS pugnar-se-á sempre pela estabilidade financeira e pelo reforço do papel do sistema bancário no financiamento da economia e pela da estabilidade financeira enquanto fator de crescimento de uma economia de mercado sólida".

O Novo Banco é detido pelo Fundo de Resolução bancário e foi criado no verão do ano passado, após a medida de resolução que ditou o fim do Banco Espírito Santo (BES).

Lusa/SOL