Paris: Agências de viagens admitem cancelamentos

A Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) admite que uma “reação a quente” aos atentados de Paris motive alguns cancelamentos de viagens para França, mas acredita que “tudo regresse à normalidade” em alguns dias.

Embora ressalvando não ter, ainda, recolhido dados concretos junto das agências de viagens, fonte da APAVT disse à agência Lusa que, tendo por base o ocorrido após os atentados terroristas ocorridos de março de 2004 em Madrid, Espanha, “as pessoas reagem a quente nos primeiros dias, mas uma semana depois regressa tudo à normalidade”.

“Não vemos razão nenhuma para pensar que seja diferente desta vez”, afirmou a mesma fonte, recordando que “o Governo português não desaconselha as viagens para lá, mas apenas mais cuidado” por parte de quem viaja.

“É um destino europeu, é como se fosse Lisboa”, sustentou, admitindo que, “se se tratasse de um país do Médio Oriente ou do Norte de África, [o impacto] se prolongasse por mais tempo”.

“Agora num destino como a Europa, o efeito pode ser mais violento no início, mas passa rápido”, acrescentou.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da TAP disse não haver, até ao momento, cancelamentos de viagens nas rotas para França.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses, e mais de 400 feridos.

De acordo com o último balanço feito pelos hospitais, das 415 pessoas que foram atendidas nos hospitais após os ataques, pelo menos 42 feridos continuavam no domingo à tarde em vigilância intensiva em unidades de reanimação.

Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos (Bataclan) e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha, com a presença do chefe de Estado francês.

Lusa/SOL