No domingo, as autoridades belgas decidiram manter para hoje o nível de alerta máximo instaurado na madrugada de sábado na região de Bruxelas, por considerarem que subsiste uma "ameaça séria e iminente" de atentados, pelo que todas as linhas de metro estão encerradas e as escolas fechadas, algo inédito na história do país.
A capital da União Europeia e sede da NATO permanece hoje em "estado de sítio", fortemente vigiada por polícias e militares, depois de no domingo à noite terem sido realizadas um total de 19 operações policiais na região de Bruxelas que se saldaram em 16 detenções, mas continua em fuga o suspeito mais procurado, Salah Abdeslam, envolvido nos ataques de Paris a 13 de novembro, que provocou 130 mortos.
Embora a cidade esteja parcialmente paralisada, e várias empresas e estabelecimentos tenham optado por permanecer encerrados, as instituições europeias decidiram trabalhar nesta segunda-feira, mas com muitas restrições, tendo o Conselho da União Europeia aumentado o nível de alerta para laranja, o que levou ao cancelamento de várias reuniões consideradas não essenciais, mantendo-se, no entanto, a dos titulares da pasta das Finanças da zona euro (Eurogrupo), na qual participa a ministra portuguesa, Maria Luís Albuquerque.
A zona de Schuman, onde se encontram a sede da Comissão e do Conselho, é particularmente vigiada, com militares à porta, e, além do metro, também a estação ferroviária que serve o quarteitão das instituições da UE está encerrada, apesar de os comboios circularem.
A exemplo do Conselho da UE, também as outras instituições – Parlamento Europeu e Comissão Europeia – recomendam aos funcionários não indispensáveis que optem pelo teletrabalho e foram canceladas todas as reuniões agendadas para locais que não os edifícios do executivo comunitário.
Mais distante do centro da cidade, a sede da Aliança Atlântica tem um perímetro de segurança alargado e ainda mais vigilância do que o habitual.
Lusa/SOL