Fora com os pretos, gays e pénis não moldados por Deus. Obrigado pela clarividência, Pedro Arroja

É de manhã cedo. Saio de casa de axilas bem lavadas (à 4f é dia de axila e amanhã dou um esfreganço nas virilhas e restante área escrotal), dou um pontapé num preto que estava no meu alpendre a fazer uma pausa na lavagem do chão e sigo para a missa a assobiar o “My…

Tudo impecável na missa. Gosto do padre. Ficámos há dias a saber que tinha abusado de uma criancinha, por esta ter feito queixa. O que vale é que ficou tudo tratado num instante, o clero matou a criança, enfiou o corpo numa santa lá da Igreja, e abafou o caso rapidamente.

Saído da missa com os meus valores morais alinhados com o bem da Humanidade, vou ter com o meu grande amigo e tutor Pedro Arroja. Queixo-me que os meus pretos estão a trabalhar pouco e já os tive que obrigar a construir uma prisão dentro da sua própria sanzala. E eles “uma prisão na sanzala é um pleonasmo, Senhor dos Senhores Diogo Faro!” – “Pleonasmo? Que merda é essa? Levas é já 200 chibatadas pa’ te calares!”. Ao contar isto ao grande Arroja, ele pergunta-me: “Os teus pretos estão sempre a fornicar?” – “Sim! Gostam imenso daquilo, parecem pessoas!” – “Logo vi. É por isso que trabalham menos! Vai antes buscar chineses ou romenos. São mais fáceis de domesticar.”.

Vamos então para casa dele onde a inútil da mulher dele – como todas as mulheres, diga-se – está a tentar fazer o almoço que nem uma barata tonta. Lá tem que ser ele a espetar-lhe um par de lambadas para ela se orientar e perceber o caminho para o fogão.  É impressionante como há mulheres quase tão inúteis como muçulmanos. O que vale é que as coisas nas Cruzadas estão a correr bem. Ouvi dizer pelo estafeta que veio agora do Norte de África que os nossos cristãos têm andado a dizimar milhões de infiéis. Se ao menos alguém inventasse engenhos que explodissem no meio de multidões, matavam-se às dezenas de cada vez, arrumava-se com essas tentativas de religiões e poupava-se muito tempo e dinheiro! Enfim, talvez daqui a uns séculos…

Preciso de me arrebitar neste dia cinzento. Estou indeciso entre dois espectáculos tradicionais para ir ver agora à tarde com o meu amigo Pedro Arroja que é um grande apreciador de ambos. Não sei se vá ver gays a ser apedrejados, enquanto estão pendurados pelos seus pénis moldados pelo Diabo no pelourinho da cidade, até à morte ou até gritarem que adoram mamas; ou se vá antes ver uma rica tourada e levo também os meus putos a ver o touro esvair-se lentamente em sangue perante a supremacia do Homem.

São ambos educativos, mas o primeiro é mais caro porque, às vezes, os apedrejados além de gays são pretos e os gajos aproveitam para cobrar um bilhete duplo. Escandaloso.

Vou-me decidir entretanto e logo vos conto como correu. Por agora, tenho que voltar ao meu bairro para ver o que se passa: ouvi dizer que está uma gritaria descontrolada algures numa das zonas, acho que é no bloco da esquerda.
Pedro Arroja, um abraço e não te esqueças de escrever no testamento que doas o teu cérebro à ciência. Vai ser giro daqui a 5 ou 6 séculos, lá para século XXI, os cientistas verem como eras brilhante.