Sócrates: Rosário Teixeira tem três meses para dizer quando acaba investigação

O diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Amadeu Guerra, deu mais três meses ao procurador Rosário Teixeira para que este lhe faça um novo ponto da situação sobre a Operação Marquês e indique a data previsível de encerramento de inquérito. Num comunicado enviado pela Procuradoria-Geral da República, é referido que o primeiro…

Sócrates: Rosário Teixeira tem três meses para dizer quando acaba investigação

O acompanhamento do andamento dos trabalhos foi decidido por Amadeu Guerra uma vez que já foi ultrapassado o prazo indicativo para o fim da investigação. Na altura o diretor do DCIAP disse porém não haver fundamentos para chamar a si o processo.

Segundo a PGR esclareceu hoje, após a entrega desse primeiro balanço “o diretor do DCIAP determinou que lhe seja entregue, nos próximos três meses, um novo memorando no qual seja indicado o prazo previsível para a emissão de despacho final no referido inquérito.”

É ainda referido que Amadeu Guerra “continuará a acompanhar a evolução da investigação através da realização de reuniões regulares com a equipa afeta ao inquérito.”

A investigação sustenta que esta é uma investigação complexa.

Na nota que a PGR enviou hoje às redações recorda-se que “até à data, foram constituídos doze arguidos no âmbito deste inquérito”. Além disso, dizem, “já foram realizadas mais de uma centena de buscas, tendo sido ouvidas mais de seis dezenas de testemunhas”.

Sobre a análise de dados, adiantam que “foi também reunida uma extensa e complexa prova documental e digital, da qual fazem parte cerca mil e novecentos documentos em suporte de papel e mais de cinco milhões ficheiros informáticos.”

“Há quase duzentos apensos bancários anexos ao inquérito, a que correspondem mais de cento e trinta mil registos bancários. A documentação recolhida tem vindo a ser objeto de análise e sistematização, sendo que também se tem vindo a proceder à transcrição de meios de prova”, conclui fonte oficial, lembrando que o “inquérito, conforme já foi reconhecido pelo Tribunal da Relação de Lisboa e pelo Tribunal Constitucional, é de excecional complexidade”.