Tudo o que deve saber sobre a pílula contracetiva

A pílula é o método contracetivo mais popular do mundo. No entanto, apesar de este comprimido ser comercializado desde a década de 60, são muitas as dúvidas que as mulheres têm no que diz respeito à sua toma.

O Huffington Post fez uma lista das nove coisas que todas as mulheres devem saber no que diz respeito à pílula, bem como outras opções contracetivas, quanto ao preço, a eficácia e os mitos.

1 – Obter a pílula gratuitamente

Se estiver a passar por uma má fase financeira e não tiver dinheiro para comprar a pílula, pode sempre marcar uma consulta de Planeamento Familiar e dirigir-se mensalmente ao seu Centro de Saúde para pedir uma caixa deste contracetivo.

2 – Não se esqueça de a tomar!

Segundo um estudo do Guttmacher Institute, apenas 5% das mulheres que tomam a pílula de uma forma correta e consistente engravidam. Por outro lado, a percentagem de gravidezes indesejadas no grupo de mulheres que tomam o medicamento de um modo inconsistente é de 43%.

Muitas mulheres pensam que, por a pílula ter um nível de eficácia de 99,9%, podem saltar uns dias ou tomá-la fora de horas. No entanto, esta percentagem está associada apenas a um consumo correto do comprimido.

3 – Veja qual é a melhor pílula para si

Todas as pílulas previnem a gravidez, mas só algumas se adequam ao seu organismo. Muitas vezes os ginecologistas prescrevem um medicamento que, mais tarde, pode vir a revelar-se o errado para o seu corpo.

Muitas mulheres sentem efeitos secundários quando começam a tomar a pílula, como dores de cabeça ou de corpo, tonturas, enjoos e diarreia. A melhor maneira de lidar com este problema é apontar os dias em que se sente indisposta e levar todos os dados ao seu médico. Este saberá o que fazer e recomendar-lhe-á o melhor método contracetivo para si.

Tenha atenção para o facto de existirem as pílulas combinadas (compostas por estrogénio e progesterona ) e as que são feitas apenas com progesterona. A grande diferença pode estar no tipo de medicamento que está a tomar e, como consequência, na dose de hormonas que está a ingerir.

4 – Se puder, opte pelo DIU

O Dispositivo Intra-Uterino (DIU) é mais eficaz do que a pílula. O estudo publicado na revista New England Journal of Medicine revela que o DIU é 20 vezes mais seguro que os métodos hormonais como comprimidos, o anel vaginal ou o adesivo contracetivo. Isto porque o dispositivo é inserido no útero da mulher e ‘elimina’ qualquer erro humano.

5 – A pílula não engorda

As pílulas mais antigas tinham grandes doses de hormonas, o que fazia com que muitas mulheres engordassem. No entanto, os comprimidos mais recentes contêm um número de hormonas muito reduzido, quando comparado com as suas antecessoras.

Foram realizados vários estudos e nenhum conseguiu estabelecer uma ligação entre o aumento de peso e a toma da pílula. Segundo a ‘Time’, existem duas razões para que este mito continue a existir: O primeiro está relacionado com a idade, ou seja, se a mulher começa a tomar o contracetivo na adolescência, o mais provável é que aumente de peso pura e simplesmente porque está a crescer; O segundo tem a ver com a estabilidade emocional – estudos mostram que uma mulher que mantenha uma relação amorosa estável tem tendência a ganhar alguns quilos.

No entanto, uma investigação feita para a cadeia televisiva ABC indica que pode haver uma dilatação do estômago quando a mulher muda de pílula ou deixa de a tomar.

6 – Atenção à medicação

Quando o seu médico lhe pergunta se toma outros medicamentos, não encare esta questão como apenas parte do protocolo – existem vários medicamentos que não devem ser tomados com a pílula, pois a sua toma interfere com o efeito contracetivo.

Tenha especial atenção a antibióticos, anti-fúngicos, antidepressivos e alguns suplementos naturais, principalmente os que têm como base a erva de São João. Caso tenha alguma dúvida quanto aos medicamentos que pode tomar, consulte imediatamente o seu médico.

7 – Tome a pílula até quando quiser

As mulheres que não fumam e mantêm um estilo de vida saudável podem tomar a pílula durante tempo indefinido – até durante a menopausa. Segundo, a Dra. Mary M. Gallenberg, da Mayo Clinic OBGYN, “há alguns anos pensava-se que o consumo da pílula interferia com a capacidade de uma mulher para engravidar, mas estudos comprovam que tal não é verdade”.

8 – Assim que para, corre o risco de engravidar

Mal pare de tomar a pílula, tenha muito cuidado, pois há fortes probabilidades de engravidar. Deve continuar a tomar precauções quando tem relações sexuais se não estiver a planear ter um filho. Algumas mulheres podem ter um ‘espaço’ entre o fim do medicamento e a ovulação, mas se estiverem vários meses sem que lhe apareça o período, deverá fazer um teste de gravidez.

9 – ‘A pílula para homens’ está a chegar!

Apesar dos cientistas não quererem dar uma previsão quanto à data de lançamento, o Huffington Post afirma que 'a pílula para homens' está a ser testada e deverá ser comercializada no futuro.