As imprevisões do Novo Ano

Lia ontem o artigo de Teresa de Sousa no Público, sobre as previsões do Ano Novo, quando me ocorreu que as previsões raramente se confirmam, mesmo quando são feitas por espíritos esclarecidos e supostamente inteligentes, e mesmo quando são feitas fora do âmbito de um Fim de Ano.

A Europa tem vindo a derrapar de patamar em patamar, ao longo dos últimos anos, certamente contra todas as previsões (embora eu acredite que hoje já ninguém se atreva a prever nada de bom para o Continente, tão causticadas estão estas previsões).

A propósito deste Novo Ano, ainda um destes dias (anteontem? Antes?) um amigo meu se zangou por me ouvir prever tragédias para mim e outro amigo (que se manifestou tristíssimo com o meu pessimismo), para este 2016. Muito bem: era escusado.Virá o que vier, mas podemos formular as previsões, mais em tom de desejo, assumindo outro otimismo. Só como desejo, claro.

Quem fez bem foi o Expresso, que se limitou a formular perguntas sem resposta clara para o ano que agora começa.

E, sendo assim, esforcemo-nos por acreditar num Ano melhor, embora no fundo pensemos que não será nada assim (pelo menos, em certos níveis). Melhor Europa? Talvez. Merkel era do pior? Definitivamente, a mim, não me parece (daí o pessimismo).