Cofres do Tesouro nunca estiveram tão cheios

No final de novembro, os cofres do Tesouro, que representam almofadas de segurança em forma de depósitos e numerários caso existe um acidente de marcado, tinham 18 664 milhões de euros, revelou o Banco de Portugal.

De acordo com o Diário de Notícias (DN), este é o “maior valor de sempre nas séries disponibilizadas pelo banco central”. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, verificou-se um aumento de 23% (3526 milhões de euros).

O dinheiro desta almofada de segurança está parado, num ambiente de taxas de juro muito baixas – não é canalizado para investimentos ou redução da própria dívida.

Esta subida contribuiu para agravar o nível global da dívida pública, que também subiu para 231 261 milhões de euros, o mais alto de que há registo.

O Banco de Portugal, citado pelo DN, explica que "em novembro de 2015, a dívida pública situou-se em 231,3 mil milhões de euros, aumentando dois mil milhões de euros face ao final do mês anterior. Esta variação reflete um aumento de empréstimos (0,9 mil milhões de euros) e emissões líquidas positivas de títulos (mil milhões de euros), nomeadamente de obrigações do Tesouro".

"O incremento da dívida pública foi acompanhado por um aumento mais acentuado dos ativos em depósitos (2,5 mil milhões de euros), pelo que a dívida pública líquida de depósitos da administração central registou uma redução de 0,5 mil milhões face ao mês anterior, ascendendo a 213 mil milhões de euros no final de novembro de 2015", acrescenta o mesmo organismo.