Paulo Gonçalves: “Não sou um herói”

O piloto português Paulo Gonçalves, que ontem parou para prestar auxílio a um colega austríaco, após uma queda, durante uma etapa do Dakar, recusou ser apelidado de herói.

“Não sou um herói, sou um ser humano com respeito pelos outros. A nossa vida vale mais que qualquer vitória, sem ela não vencemos!", lê-se numa publicação, na página de Facebook do português.

O piloto da Honda, e líder da prova geral nas motos, parou para dar o alerta e ajudar o adversário austríaco Matthias Walkner, apontado como um dos favoritos à vitória nas motos.

"Fiz aquilo que me competia, ao contrário, acredito que fizessem o mesmo por mim”, acrescenta.

Paulo Gonçalves descreve ainda o Dakar como sendo uma prova “de muito risco”: “O Dakar é uma aventura de muito risco, de muito sacrifício, damos tudo por tudo ao longo de vários dias, milhares de quilómetros, e o risco está sempre à espreita”.

Apesar de ter pedido 10m53s, o tempo que a equipa médica do Dakar demorou a chegar ao local do acidente, a organização da prova ajustou a classificação, ao descontar ao piloto português esses preciosos minutos em que estava a ajudar Walkner. Paulo Gonçalves permanece assim na liderança na classificação geral de motas.