Queixas de agressões sexuais em Colónia já são 500

Polícia e governo não se entendem sobre os motivos do crime.

O número de queixas por agressões sexuais na noite de ano novo em Colónia continua a subir: ontem já eram 516.

Só em três dias, devido à mediatização do caso e à tomada de consciência da gravidade daquilo que sucedeu, triplicou o número de queixas. E é com espanto que os alemães descobrem aquilo que aconteceu noutras cidades da Alemanha: em Hamburgo, já 133 mulheres fizeram queixa.

Depois do estado de negação e silenciamento que viveram as autoridades e a polícia na semana que se sucedeu aos festejos da passagem do ano, os responsáveis políticos pedem responsabilidades e querem perceber o que aconteceu e a eventual implicação de pessoas que pediram o estatuto de refugiado nos graves incidentes.

O ministro da Justiça, o social–democrata Heiko Mass, insistiu ontem na sua convicção de que o sucedido não se deveu ao acaso e ao álcool, mas foi planificado: “Quando uma horda daquele tamanho se reúne para cometer atos criminosos, tudo aponta para que isso estivesse planeado. Ninguém me convence do contrário”, afirmou o governante, embora não haja ainda nenhum facto que prove essa planificação e os motivos que teriam levado a estas ações que, objetivamente, colocam em causa a situação de todos os refugiados na Europa.

“Tem de se investigar cuidadosamente todas as ligações. As nossas suspeitas devem-se a ter sido procurada uma data determinada para cometer estes crimes”, explica o ministro.