Dirigente da campanha revela o que Marcelo não queria admitir

Coube a Esmeralda Dourado, uma dirigente da candidatura de Marcelo, reagir às sondagens à boca das urnas que mostram – todas excepto uma – o candidato do centro-direita a ganhar à primeira volta.

Esmeralda Dourado reagiu com optimismo temperado a prudência, como é próprio destas noites eleitorais. Mas acabou por revelar o que Rebelo de Sousa tem insistido em não admitir: que o processo de candidatura começou a ser pensado muito antes do seu anúncio.

"Acompanhamos com muita esperança os resultados que podem pôr um ponto final num longuíssimo processo que dura há quase um ano", declarou a dirigente que até esta noite era desconhecida dos jornalistas que têm acompanhado a campanha.

O nome de Esmeralda Dourado prestou-se até a alguns equívocos, com membros da equipa da candidatura a anunciarem que as reacções caberiam a Estrela Dourado. Depois de alguma confusão, percebeu-se que era Esmeralda e não Estrela.

Mas o que se espera na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa é que Marcelo hoje possa contar com a sua estrela da sorte.

O anúncio das primeiras projecções foi acompanhado de uma contagem decrescente coletiva e de uma reacção de festejo, com aplausos, sorrisos e abraços.

Mas entre o público há prudência. "Eu também festejei nas legislativas e fiquei a chuchar no dedo", comentava uma apoiante.

"Ainda não está ganho, só festejo no final", dizia outra.

Certo é que o átrio da Faculdade está cheio de apoiastes felizes com as projecções, mas quase sem caras conhecidas.

Do PSD, apenas militantes de base. Dirigentes até agora nem vê-los.

O amigo de sempre Eduardo Barroso, Rui Machete, Teresa Morais, João Lagos e Sofia Galvão são até ao momento as caras mais conhecidas nesta sede de campanha improvisada na Faculdade de Direito.

margarida.davim@sol.pt