A ‘ironia histórica’ da vitória de Marcelo

O “simbolismo histórico”, com “alguma ironia divertida” à mistura, foi notado na noite passada pelo socialista António Vitorino, na SIC: “A declaração de vitória de Marcelo acaba o ciclo de Cavaco Silva. De alguma forma, Marcelo esteve no início e no fim do cavaquismo: Cavaco ganhou na Figueira da Foz porque Marcelo lhe abriu o…

A coincidência foi corroborada por Pedro Santana Lopes, ex-líder do PSD, que testemunhou o que se passou em 1985 no Congresso do partido na Figueira da Foz: “Devo lembrar que Marcelo não queria Cavaco na liderança do PSD. Dizia ‘se ele entra, são 10 anos de Cavaco’. E estava a ver bem o filme… foram 30 anos!”.

Comentando a vitória de hoje, Santana salientou: “Há que felicitar Marcelo pela campanha, igual a ele próprio. Era a hora de Marcelo e ele agarrou-a muito bem. Tal como há 10 anos foi a hora de Cavaco Silva. E aqui é preciso reconhecer que normalmente o centro-direita consegue isto de ter um só candidato”.

paula.azevedo@sol.pt