Obrigado, Cavaco Silva, por perceber que o superior interesse das crianças é não ter família.

Se é para sair, é para sair com estilo. Hoje, o Cavaco Silva vetou as alterações à lei do aborto e a adopção por casais gay. Que alivío! 

Haja alguém que ponha um travão neste avançar desenfreado em que rola a nossa sociedade. Se a tacanhez é o nosso destino, não é a dar liberdade da felicidade, ou até a felicidade da liberdade, que lá vamos chegar. Portugalzinho, tem lá calma que o Cavaco está cá para nos levar de novo à Idade Média. Já estivemos mais longe de afogar logo à nascença os bebés que nascem com qualquer tipo de deficiência. Mantenhamos a esperança em lá chegar.

Cavaco defendeu esta medida como a “defesa do superior interesse das crianças”. Descansa-me saber que o ainda Presidente da República sabe perfeitamente que uma criança educada por um casal de dois homens vai, automaticamente, andar a sujar a cidade com purpurinas e andar com um carro com altifalantes sempre a dar Lady Gaga e Madonna. Não queremos isso na nossa sociedade, certo? Já bem nos bastam os refugiados que andam aí a fazer cocó à porta das lojas que não vendem burkas e largar em todo o lado bombinhas de mau cheiro a caril.

O superior interesse das crianças que precisam de adopção, por terem sido abandonadas neste planeta por casais ETs gays, é obviamente viver num orfanato onde são só mais uma entre tantas, mas felizmente longe do amor fraternal que os casais fingem que têm para dar. Primeiro, porque pior que ETs gay, só mesmo esta espécie medíocre que é o ser humano com a mesma doença. Depois, porque o amor gay é como o respeito que os conservadores têm realmente pela felicidade das crianças, parece muito bonito mas não existe.

Por tudo isto e tudo o resto que sabemos, um enorme obrigado em nome de toda a sociedade portuguesa.
Agora é rezar muito – sim, que estas coisas é Deus que manda os nossos governantes fazerem – para que o aborto seja proibido até em casos de violação.

Deus, e Cavaco, queiram que Portugal continue a ficar para trás do resto do mundo, orgulhosamente sós.