NATO analisa pedido para combater Estado Islâmico

NATO irá debater o pedido americano numa reunião de ministros da Defesa em fevereiro.

Os Estados Unidos pediram ajuda à NATO para o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico.

“Posso confirmar que recebemos um pedido dos Estados Unidos para dar apoio aos esforços da coligação e ajudá-los com aviões de vigilância AWACS da NATO”, avançou Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, durante a apresentação do relatório anual da Aliança Atlântica.

A NATO não aceitou imediatamente o pedido mas prometeu analisá-lo. “Estamos a avaliar esse pedido, é uma decisão que será tomada pelos 28 aliados”, acrescentou Stoltenberg.

A aliança transatlântica não está diretamente envolvida na luta contra o Estado islâmico, mas “os 28 aliados já fazem parte da coligação que combate o Estado Islâmico” no Iraque e Síria .

Stoltenberg adiantou que o pedido americano será considerado numa reunião dos ministros da Defesa da NATO, em Bruxelas, no início do próximo mês, não adiantando nenhum prazo definido para uma decisão final.

“Toda a decisão [sobre a participação da NATO no combate ao Estado Islâmico] está em conformidade com a reunião dos ministros, que ressalta a disponibilidade da aliança em apoiar os esforços bilaterais dos aliados”, disse o secretário-geral da NATO.

Os AWACS são aviões que monitorizam o espaço aéreo com radares com mais de 400 quilómetros de alcance. Depois enviam a informação via digital para bases aéreas, terrestres e marítimas. Assim, estes aviões poderão identificar ameaças, identificando também os alvos.

A frota de AWACS da Otan tem mais de 20 aviões. A NATO já está a enviar AWACS para a Turquia para reforçar as defesas aéreas do país na sua fronteira com a Síria. Contudo, não é ainda sabido se os AWACS da Turquia irão assumir a dupla função de combater os Estado Islâmico.

Os ataques da coligação na Síria e no Iraque intensificaram-se depois dos atentados em Paris em Novembro de 2015.