Papa admite uso de contracetivos para prevenir zika

O Papa Francisco admitiu a utilização de métodos contracetivos por parte de mulheres que vivessem em países ameaçados pelo zika de modo a prevenir a propagação do vírus.

Papa admite uso de contracetivos para prevenir zika

Após ter sido questionado se o aborto ou o uso de contracetivos não poderia ser visto como um “mal menor” tendo em conta a crise que se vive no Brasil devido ao vírus zika, durante uma viagem de Juarez (México) para Roma (Itália), o sumo pontífice explicou que há uma clara diferença moral entre fazer um aborto e prevenir uma gravidez.

“O aborto não é um mal menor, é um crime. Tirar a vida a alguém para salvar outra é o que a Máfia faz”, explicou Francisco, citado pela Associated Press.

O papa realçou ainda a decisão do Papa Paulo VI ao autorizar, nos anos 60, que freiras a viver no Congo utilizassem métodos contracetivos, uma vez que eram sistematicamente violadas. “Evitar uma gravidez não é um mal absoluto. Em alguns casos, como este [do virus zika] e como aquele que mencionei do Papa Paulo VI, são claros”.

Recorde-se alguns governos de países da América Latina incentivaram as mulheres a não engravidar e várias organizações pró-aborto exigiram que as leis anti-aborto fossem atenuadas.