Crianças desprotegidas e onda do politicamente correto

Tenho lido com interesse a revolta de alguns comentadores pelo pouco que se tem feito, a nível de instituições públicas, pela proteção das crianças. É certo que nos dramas maiores (como as 2 que morreram no Tejo, na zona de Caxias, aparentemente às mãos de uma mãe perturbada e incompetente para exercer poderes maternais) as…

Porque um dos dramas da falta de proteção das crianças é precisamente esta onda da moda e do politicamente correto. Por exemplo, nos primeiros dias da morte das crianças de Caxias, a imprensa encheu-nos de uma mãe desesperada, às mãos de um pai abusador. E afinal, dos abusos, apenas temos as acusações da mãe perturbada. Porque de mais concreto, sabemos só que as crianças foram vistas num hospital, depois das acusações de abuso por parte da mãe, e que os médicos não constataram nenhum indício de ter havido alguma espécie de abuso. O que detectaram foi um delírio acusatório na mãe. Mesmo assim, a PSOP, numa de onda de moda, divulgou um comunicado em que se depreende a sua ânsia de ver as instituições perseguirem o pai, e não a mãe aparentemente assassina e perturbada. Não estou a tomar nenhum partido; só a não querer ir na onda, sem provas concretas.

Agora já oiço acusar a mãe de premeditação e perturbação perigosa. Mas isso foi tarde, já depois de a senhora ter sido acusada de homicídio pela PJ.

Vejamos agora o caso de Bárbara Guimarães. De fora, não sabemos o que se passa, Mastoda a imprensa faz coro a favor dela, e contra o marido. Mesmo depois de se saber que o filho Diniz prefere o pai à mãe. Uma preferência que, enfim, vai contra a onda – e é portanto mal vista por instituições e imprensa.

E depois há aquela rapariga cabo-verdiana, a quem foram tirados os filhos apenas por ter pouco dinheiro. E nem a deixavam vê-los. A coisa foi tão escandalosa, que um Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou o Estado português pela sua desgraçada Justiça (que, vejo agora, se não fosse assim desgraçada, seria talvez trucidada pela imprensa politicamente correta). Mas foi um dos casos em que a nossa Justiça deu em fazer músculo.

E como foi vista a adopção gay? Como uma forma de proteger as crianças? Não me parece. Vi antes a onda pró-gay a querer apoderar-se das crianças, borrifando-se para os interesses destas, e querendo apenas uma vitória para a situação dos gays. Com o apoio apaixonado dos politicamente corretos que dominam a imprensa.

E quantos casos mais há? Quantas pessoas estarão presas, apenas para a Justiça (se é que não está já demasiado adaptada) se adaptar à onda?