Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz da Conferência Episcopal, Manuel Barbosa, afirmou que o cartaz "afronta os crentes que seguem Jesus Cristo e os que são da igreja, naturalmente".
"Deve haver respeito pela liberdade de expressão. Sabemos que esse respeito deve ser sempre um respeito mútuo. A liberdade implica sempre relação e corresponsabilidade e, este respeito mútuo, não sei se estará presente no anúncio deste cartaz", acrescentou.
“Penso que há um certo aproveitamento, num período em que na igreja se está a viver um tempo forte de Quaresma, depois a Páscoa e o Ano da Misericórdia. Não sei se é coincidência ou se é propositado", argumentou Manuel Barbosa.
"É de lamentar que não se tenha em atenção as convicções de quem segue Jesus Cristo, mesmo que este cartaz já tenha sido feito noutros países. É uma cópia de muito mau gosto", concluiu o porta-voz da Conferência Episcopal, realçando que o cartaz “vale o que vale” e que “há coisas mais importantes”.
Recorde-se que o Bloco vai colocar estes cartaz na rua para assinalar o dia 10 de fevereiro de 2016, dia em que o parlamento confirmou as lei vetadas por Cavaco Silva sobre a adoção por casais homossexuais e a interrupção voluntária da gravidez.
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