Portas com cargo no pelouro da internacionalização

Paulo Portas acabou o Congresso do CDS em Gondomar com uma resposta enigmática sobre o seu futuro. O ex-líder centrista disse aos jornalistas que ia “fazer várias coisas” sem especificar quais. Hoje, soube-se uma delas: vai ser o vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP)com o pelouro da internacionalização.

O cargo é não remunerado, mas é um trabalho que cai à medida no perfil de Portas, depois do que fez no plano da diplomacia económica, primeiro como ministro dos Negócios Estrangeiros e depois como vice-primeiro-ministro no Governo de Passos.

“A Câmara de Comércio é muito respeitada e credível, cujo trabalho prático, a favor das empresas portuguesas, pude testemunhar ao longo da minha experiência governativa”, diz Portas, citado num comunicado da CCIP, no qual defende que esta é “uma forma muito útil de continuar a ajudar a internacionalização das empresas e o sector exportador, que são os pilares do nosso crescimento”.

À hora a que o comunicado foi divulgado, Paulo Portas estava no avião, de saída do país. De resto, desde que anunciou que ia deixar de ser líder do CDS, Portas não tem parado. Já esteve em Angola, onde se encontrou com José Eduardo dos Santos e o seu mais provável sucessor, João Lourenço, e passou também pela Venezuela e pela Colômbia.

Outro dos vice-presidentes eleitos na assembleia-geral desta quarta-feira na CCIP é José Miguel Júdice. Miguel Horta e Costa, Nuno Fernandes Thomaz e Pedro Rocha e Mello são outros nomes da administração.

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