Congresso do PSD: Rio não vai para ‘não perturbar’

Rui Rio anunciou que não vai ao Congresso do PSD, no próximo fim de semana, para não distrair as atenções dos militantes.

Congresso do PSD: Rio não vai para ‘não perturbar’

“Se eu lá fosse ainda me arriscava a ser um elemento central do Congresso. O dr. Pedro Passos Coelho resolveu candidatar-se, com base em ter sido o mais votado (embora não o vencedor). Tem essa legitimidade, eu não quero perturbar” – justificou o social-democrata e ex-presidente da Câmara do Porto em entrevista à TSF.

Esta não foi, porém, a única ‘indireta’ ao atual líder do PSD. Na mesma entrevista, Rui Rio manifesta o seu apoio ao primeiro-ministro e ao Presidente da República quanto à forma como têm procurado “influenciar” a resolução dos atuais problemas na banca: “O poder político, podendo, deve interferir e influenciar as grandes questões estratégicas para o país (…) Se calhar não é assim para um liberal, mas tenho uma perspetiva social-democrata”.

Rui Rio faz críticas explícitas ao BCE e ao modo como está a interferir no rearranjo da banca portuguesa de forma a concentrá-la nas mãos de capital espanhol e, inclusive, barrando o capital angolano: “Uma coisa é usar poderes de supervisão, outra é prejudicar o interesse nacional. Não permitir que Isabel dos Santos entre no BCP é intolerável. Porque o que está em causa é conseguir que seja determinado banco o acionista do BCP” (no caso, um espanhol).